A Perdigão acredita que as companhias brasileiras que exportam carnes devem ter um saldo positivo nos movimentos do mercado associados à gripe suína, ainda que o consumo do produto registre queda nos principais países consumidores, o que a empresa ainda não verificou.
A Perdigão acredita que as companhias brasileiras que exportam carnes devem ter um saldo positivo nos movimentos do mercado associados à gripe suína, ainda que o consumo do produto registre queda nos principais países consumidores, o que a empresa ainda não verificou.
O presidente do conselho da Perdigão, Nildemar Secches, afirmou nesta quarta-feira que a empresa, maior do país em suínos e frangos, ao lado da Sadia, ainda não registrou qualquer cancelamento de pedidos externos por carne de porco em meio à turbulência com a gripe suína. Ele disse não ter qualquer indicativo ainda sobre uma eventual queda no consumo do produto, ligada ao temor das pessoas sobre a doença, mas informou que o comitê de crise da empresa já se debruça sobre o tema.
“Depende muito de como vão reagir as populações nos países. É uma questão psicológica”, afirmou Secches a jornalistas após participar de seminário sobre governança corporativa em São Paulo.
Secches disse que empresas de carnes do Brasil podem ganhar com a gripe considerando a substituição dos embarques dos EUA para alguns países-chave, como a Rússia e a Coreia, após as restrições às exportações norte-americanas.
Questionado sobre se haveria uma migração por parte do consumidor para outras carnes que não a suína, o presidente do conselho da Perdigão afirmou que isso “com certeza” acontecerá em países afetados, como os EUA, mas não acha que será o caso do Brasil.
Secches se recusou a comentar sobre as negociações que a Perdigão mantém com a Sadia, visando uma eventual associação entre as duas empresas. “Não vou falar de Sadia”.
A empresa diversificou para lácteos e carne bovina, mas Secches descartou aquisições nesse último, mesmo que oportunidades apareçam, já que algumas empresas do setor passam por situações delicadas do ponto de vista financeiro.
“Nós não queremos ser grandes em bovinos. Foi apenas uma estratégia para complementar nossa linha de produtos”. Mas ele não descartou novos movimentos. “Tem que aproveitar algumas janelas que se abrem na crise”, afirmou. “Aqui a gente olha todo mundo”.
A matéria é de Marcelo Teixeira, publicada no Estado Online, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Típico comentário de quem tenta ainda controlar mercado…aliás veremos o que vira mais adiante…