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Nova barreira russa à importação de carnes

As barreiras russas à entrada de carnes estrangeiras foram ampliadas na sexta-feira com a suspensão de todas as licenças veterinárias para importação de cortes de bovinos, de suínos e de aves. Os importadores terão de renovar suas permissões, o que pode demorar semanas. O país já havia anunciado a adoção de cotas para importação de carnes.

O ministro da Agricultura do país, Alexei Gordeyev, reiterou que as medidas têm mesmo o objetivo de proteger os produtores locais da concorrência externa. “A segurança alimentar nacional está em jogo”. Ele lembrou que mais de um terço das carnes consumidas no mercado interno são importadas. As cotas adotadas, estima, elevarão a produção nacional em 8% no caso dos suínos, em 5% no de carne bovina e em mais de 20 % no caso das aves.

O Brasil é um dos exportadores de frango mais afetado pelas cotas russas. A Rússia estipulou cota de 36 mil toneladas para as empresas brasileiras, sendo que os embarques brasileiros ao mercado russo alcançaram quase 300 mil no ano passado.

No total, incluindo todos os países fornecedores, a cota russa para o frango foi estabelecida em 744 mil toneladas. Para carne bovina, o limite foi estipulado em 315 mil toneladas, enquanto para carne suína o teto é de 337,5 mil toneladas. As cotas valem para o período que vai de abril até o fim de dezembro deste ano.

Alguns analistas internacionais consideram as cotas russas uma reação às barreiras ao trigo do país impostas pela União Européia, num momento em que a Rússia tenta se consolidar com um grande exportador de grãos. No ano passado, Moscou levantou barreiras ao frango americano depois que Washington decidiu aumentar as tarifas de importação de aço nos EUA.

Fonte: Valor Econômico, adaptado por Equipe BeefPoint

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