Nova Zelândia: raça Angus ganha posição de destaque na indústria de carne bovina

Os resultados de vendas de touros na temporada de primavera no leste da Austrália refletiram forte suporte à genética Angus dos criadores comerciais de gado a uma área mais ampla e a indústria de carne bovina da Nova Zelândia nesse ano passou por uma tendência similar.

O presidente da Angus New Zealand, Tim Brittain, disse durante uma visita recente à Austrália que a Angus começou a ganhar mesma posição dominante de mercado que é vista na região sul da Austrália. Ex-diretor do New Zealand Meat Board e do Meat New Zealand e ex-presidente do Meat and Wool Board, Brittain disse que a rodada anual de vendas de touros da Nova Zelândia durante junho e julho produziu resultados “fenomenais”.

Os produtores comerciais de gado de corte têm pago A$ 10.000 a A$ 15.000 (US$ 10.243-US$ 15.364,5) por touros Angus. Dois dos mais conhecidos criadores de Angus da Nova Zelândia pagaram médias acima de A$ 10.900 (US$ 11.164,9) nesse ano e muitos ficaram em média de A$ 7.000-A$ 9.000 (US$ 7.170,10-US$ 9.218,70).

Considerando a quase ausência de utilização de grãos para terminação na Nova Zelândia (com exceção do confinamento Five Star na Ilha do Norte), os criadores de Angus da Nova Zelândia colocam mais pressão de seleção para marmoreio, comenta Britain. “Mas a Nova Zelândia está atrás da Austrália nesta questão. Mas estamos de olho em nossos programas de carne com marca, começando a diferenciar o produto que é mais marmorizado, e recompensando as pessoas que estão produzindo isso. Achamos que um produto marmorizado de animais criados a pasto é um nicho de mercado atrativo para os consumidores de carne bovina de todo o mundo”.

Brittain disse que competição anual de carcaça “Steak of Origin” neste ano destacou a dominância da genética Angus na indústria de carne bovina. “O gado nesta competição está mostrando níveis altos de marmoreio, mesmo em comparação com animais confinados”.

Embora a Nova Zelândia seja dependente da genética Angus dos Estados Unidos, como a Austrália (criadores ouviram na recente conferência nacional Angus Austrália que cerca de três quartos da melhora genética nesse país pode ser atribuído à importação seletiva dos Estados Unidos), a Nova Zelândia também vê a Austrália como uma fonte atrativa de material genético. Somente no ano passado, Brittain e um sindicado de criadores da Nova Zelândia e da Austrália pagaram A$ 91.000 (US$ 93.211,3) pelo touro Te Mania Emperor – no momento, um recorde de Angus Australiano na propriedade.

Brittain também é presidente da Angus Pure, programa de marca de Angus Certificado da Nova Zelândia de animais criados a pasto que, equivale ao programa “Angus Pure” Certified Australian Angus Beef (CAAB).

O programa Angus Pure da Nova Zelândia também desenvolveu com o McDonald’s um programa de carne moída Certificada Angus, trabalhando de perto com a CAAB na Austrália no projeto. O programa neozelandês recentemente alcançou a marca de 2.000 toneladas de carne ao McDonald’s neozelandês. O programa Angus Pure da Nova Zelândia teve forte desempenho no mercado doméstico, nos segmentos de serviços alimentícios, de varejo e de produtos com valor agregado, disse Brittain.

A expansão do interesse em todo o mundo por produtos de qualidade de animais criados a pasto também ajudou nas exportações de carne bovina Angus da Nova Zelândia. “Em nível internacional, o mundo dos animais criados a pasto é bem visto pelos consumidores, e a Nova Zelândia está posicionada para aproveitara oportunidade”.

A reportagem é do Beefcentral.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.