Por falta de consenso em torno de pontos polêmicos do projeto que altera o Código Florestal, o governo vai tentar adiar para a próxima semana a votação da proposta na Câmara dos Deputados, informou nesta segunda-feira (5) o líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN). A votação da nova legislação ambiental está marcada para esta terça (6).
Por falta de consenso em torno de pontos polêmicos do projeto que altera o Código Florestal, o governo vai tentar adiar para a próxima semana a votação da proposta na Câmara dos Deputados, informou nesta segunda-feira (5) o líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN). A votação da nova legislação ambiental está marcada para esta terça (6).
Segundo Henrique Alves, os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, querem negociar com o relator da matéria, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), mudanças no texto enviado pelo Senado.
Henrique Alves explicou que o ministro pediu o “apoio” do PMDB à proposta de adiamento da votação, que, segundo ele, será apresentada em reunião de líderes marcada para as 10h desta quarta (6).
A frente parlamentar ambientalista da Câmara também manobra para tentar adiar a votação. Nesta tarde, o líder do PV, Sarney Filho, protocolou requerimento na Mesa Diretora da Casa no qual questiona a possibilidade de votar o projeto enquanto a pauta estiver trancada por medidas provisórias. Atualmente seis MPs obstruem a pauta de votações do plenário da Câmara.
Por sua vez, a bancada ruralista está insatisfeita com o texto no novo código aprovado pelo Senado por considerar que os agricultores “sairão perdendo”. “É um texto que faz concessões plenas e amplas ao setor ambientalista. Não tem nenhuma possibilidade de aceitar o texto do senado”, criticou o deputado Ronaldo Caiado (PSDB-GO).
O projeto do novo Código Florestal foi aprovado pela Câmara em maio do ano passado e no final do ano, pelos senadores. O texto voltou ao plenário da Câmara porque o Senado fez alterações no texto. Os ruralistas criticam especialmente um trecho do projeto que dá anistia ao produtor que desmatou Áreas de Preservação Permanente (APPs) com a condição de que se cadastrem em um programa de regularização ambiental. O texto da Câmara dispensava os desmatadores de recompor as áreas desmatadas em APPs.
Fonte: G1, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.