A presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD/TO), defendeu nesta terça-feira (6) que os deputados aprovem o texto do novo Código Florestal da forma que foi enviado pelo Senado. Mas ela mantém a crítica à questão da recomposição das áreas desmatadas, que a seu ver criará um “problema social gravíssimo”.
A presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD/TO), defendeu nesta terça-feira (6) que os deputados aprovem o texto do novo Código Florestal da forma que foi enviado pelo Senado. Mas ela mantém a crítica à questão da recomposição das áreas desmatadas, que a seu ver criará um “problema social gravíssimo”.
De saída de uma reunião na Casa Civil, Kátia Abreu destacou que o texto acordado pelos senadores não satisfaz os produtores rurais. Mas defendeu que o melhor é “não correr o risco, votar os avanços que nós tivemos, com um pacto de uma revisão em cinco anos”.
A votação do código foi adiada para a próxima semana, pois o Palácio do Planalto quer evitar a retomada da polêmica emenda 164, aprovada pelos deputados em 2011. O texto permitiria a anistia a desmatamentos ilegais. Após ajustes, o projeto aprovado no Senado prevê a recomposição de parte dessas áreas, o que implicaria reflorestamento de cerca de 33 milhões de hectares.
O temor dos ruralistas é que, caso os deputados retomem a emenda 164, a presidente Dilma Rousseff vete este trecho do projeto no ato de sanção da lei. Desde sua campanha eleitoral, Dilma tem dito que não vai beneficiar desmatadores.
Neste caso, seria retomada a legislação atual, que prevê a recomposição total das áreas degradadas. Segundo estimativa da CNA, isso atingiria 70 milhões de hectares. Contra qualquer um desses cálculos, a representante dos ruralistas argumenta que a recomposição das áreas desmatadas será difícil.
“O Brasil está preparado para deixar de produzir em 27% do seu território? Será que nós temos condições econômicas para fazer isso?”, questionou. “Não tenham dúvidas, esses 33 milhões de hectares vão cair em cima da renda de pequenos, na maioria, e de médios produtores”, afirmou a presidente da CNA.
Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Sugiro como leitura complementar a seguinte revista (http://www.esalq.usp.br/visaoagricola/) recém editada pela ESALLQ/USP.