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Novos esforços no combate à E.coli nos EUA

A indústria de carne bovina dos Estados Unidos está lançando um novo plano de ataque para livrar o produto da bactéria E.coli O157:H7.

Com a conclusão da Reunião de Cúpula de Segurança, realizada em San Antonio (Texas) que durou dois dias, os líderes da indústria de carne bovina dos EUA afirmaram que estão pesquisando vacinas e aditivos alimentares que possam manter a bactéria longe dos animais. Além disso, eles propuseram melhores treinamentos referentes à segurança dos alimentos para os funcionários dos serviços alimentícios, além do reforço das medidas de segurança nas plantas de carne bovina a fim de impedir a contaminação da carne no início de seu processamento.

A indústria de carne bovina dos EUA já gastou muitos anos e milhões de dólares na tentativa de livrar a carne da E.coli. Os líderes da indústria, que representam os pecuaristas, os frigoríficos, os restaurantes e os supermercados, disseram que a maior necessidade de controle está na produção.

A E.coli O157:H7 é uma bactéria capaz de levar o indivíduo à morte, que reside no trato digestivo dos bovinos de corte. Durante o abate e o processamento, a bactéria pode se anexar à carne, através da qual pode atingir os consumidores.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças informam que a E.coli O157:H7 causa 73 mil casos de doenças e cerca de 60 mortes por ano nos EUA. A bactéria pode causar diarréia, desidratação e prejuízos nos rins. As crianças e os idosos são o grupo de maior risco.

Um dos maiores casos de contaminação de alimentos por E. coli dos EUA ocorreu em julho de 2002, quando 26 pessoas ficaram doentes ao consumirem carne bovina moída contaminada proveniente de uma fábrica de Greeley, Colorado. Esta contaminação levou a planta, que era propriedade da ConAgra Foods Inc., a fazer um recall de quase 8,6 milhões de quilos de carne moída.

“Nosso foco nesta reunião de cúpula foi de informarmos as soluções e os sucessos obtidos nos últimos 10 anos. Quais são os próximos passos? Quais são as práticas de manejo, intervenções e pesquisa que devem ser colocadas em prática?”, disse o chefe executivo da Associação Nacional dos Produtores de Carne Bovina dos EUA (NCBA), Terry Stokes, que administrou o encontro.

Algumas das práticas, como o melhor manejo dos alimentos dos animais, bem como os cuidados com os bovinos podem ser implementados em breve. Outras poderão levar anos ainda, como o uso de vacinas e aditivos alimentícios, que, nos testes, têm eliminado a E.coli dos sistemas animais.

Fonte: Reuters, adaptado por Equipe BeefPoint

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