O JBS-Friboi pretende dobrar a participação no mercado internacional em um período de cinco anos, embalado pela crescente demanda que acompanha o desempenho das economias e que pode derrubar barreiras comerciais.
O JBS-Friboi pretende dobrar a participação no mercado internacional em um período de cinco anos, embalado pela crescente demanda que acompanha o desempenho das economias e que pode derrubar barreiras comerciais.
O grupo detém pelo menos 8% do comércio global de carne bovina, apenas com as vendas de unidades no Brasil e na Argentina. A participação é maior se incluídas as exportações das fábricas da Swift nos Estados Unidos e Austrália, países que respondem por mais da metade da capacidade de abate de 48 mil cabeças ao dia da empresa.
Segundo o presidente do JBS-Friboi, Joesley Mendonça Batista, dobrar a participação será possível porque ele acredita que a cada dia o mercado mundial terá menos intervenções governamentais e menos subsídios à produção. “Não acreditamos que o levante de barreiras seja uma questão comercial. Acreditamos que é uma questão de necessidade. O dia que os países necessitarem do produto eles levantam as barreiras. Não é a Rodada de Doha que vai mudar nada”, decretou em entrevista a Roberto Samora, da Reuters Brasil.
“Acreditamos que a China no ano que vem vai precisar comprar carne, a Europa a cada dia precisa mais, a Rússia também”, emendou o executivo, acreditando que em 12 meses a China vai abrir (o seu mercado), “pela necessidade e pelo amadurecimento das relações com o Brasil”.
Com a aquisição da Swift concluída em julho, o faturamento do grupo deve dar um salto no balanço do terceiro trimestre, a ser divulgado em novembro, o primeiro a contar com os números da norte-americana.
Levando em conta dados “pro forma”, as vendas anuais cresceriam de cerca de 2 bilhões de dólares (do JBS-Friboi) para 11-12 bilhões de dólares, com a incorporação dos ativos da Swift.