Núcleo de Produtores de Novilho Precoce de MG quer diversificar parcerias

O Núcleo dos Produtores de Novilho Precoce do Estado de Minas Gerais – Beef Tropical – está negociando novas parcerias com o intuito de se tornar auto-suficiente financeiramente, de forma a fixar marcas próprias, capazes de agregar mais valor aos produtos e ganhos para os produtores.

Os membros do grupo não revelaram os nomes que estariam sendo sondados para ampliar o quadro de parceiros, mas adiantam que novos contratos contemplarão não somente pontos para comercialização da carne, mas indústrias de insumos veterinários e equipamentos agropecuários situadas na região e em outras localidades do País, iniciando-se uma nova etapa de reestruturação das atividades.

Atualmente, o núcleo fornece a carne e outros subprodutos de novilhos e novilhas precoces através de contratos de parceria com o hipermercado Carrefour; indústria de couros Braspelco, de Uberlândia (MG); com a unidade do frigorífico Salermo, situada em Iturama; e com a multinacional Allflex, especializada em identificação animal. Além disso, existem trabalhos desenvolvidos em conjunto com diversos órgãos públicos e privados de fomento à atividade agropecuária.

Segundo Fernanda Aguirre, médica veterinária, criadora de novilho precoce e diretora executiva do núcleo, o objetivo do novo planejamento estratégico é adequar o projeto não somente aos propósitos de comercialização da carne, mas às metas de uma produção sustentável, com ênfase na promoção da qualidade no processo de criação e na organização dos associados.

O Beef Tropical conta com um quadro de 136 pecuaristas, sendo que cerca de 35% deles fornecem uma média semanal de 200 animais – que são abatidos no frigorífico Salermo. O restante dos produtores cria animais direcionados a alimentar outras ações do núcleo, como produção de gado para leilões e de bezerros para engorda.

Os produtores associados recebem uma taxa adicional de 3% calculada sobre o valor da arroba. Aguirre observa que umas das vantagens para os associados é a melhor remuneração também pelas fêmeas. “Em geral os frigoríficos depreciam o preço das novilhas, que fica em torno de R$ 37,00. Às novilhas do núcleo, porém, é pago o mesmo preço da arroba dos animais machos, cotada hoje em R$ 42,00.”

Fonte: Gazeta Mercantil, (por Virna Campos), adaptado por Equipe BeefPoint