O boom na produção de etanol nos Estados Unidos poderá levar a uma redução nas exportações de carne bovina da Nova Zelândia. Isso porque os fracos retornos e os maiores custos dos alimentos animais levaram a um maior abate de bovinos de corte nos EUA e a um possível aumento de carne no mercado doméstico, que poderá reduzir a demanda por importações de carne neozelandesa, de acordo com o BNZ Commodities.
O boom na produção de etanol nos Estados Unidos poderá levar a uma redução nas exportações de carne bovina da Nova Zelândia. Isso porque os fracos retornos e os maiores custos dos alimentos animais levaram a um maior abate de bovinos de corte nos EUA e a um possível aumento de carne no mercado doméstico, que poderá reduzir a demanda por importações de carne neozelandesa, de acordo com o BNZ Commodities.
Entretanto, o diretor executivo de serviços econômicos do Meat & Wool New Zealand, Rob Davison, disse que não há sinal de crise. Segundo ele, embora os preços tenham caído 12% no mês passado, continuam ainda fortes e a carne bovina neozelandesa, promovida como magra e de animais criados a pasto, preenche um nicho no crítico mercado dos EUA.
Cerca de 60% das exportações neozelandesas de carne bovina são destinadas aos EUA na forma de carne processada de baixa classificação destinada à fabricação de hambúrgueres, enquanto o segundo maior mercado, o Norte da Ásia, fica com os cortes de maior valor.
Segundo reportagem do site Stuff.co.nz, Davison disse que uma redução no rebanho bovino dos EUA terá resultados positivos para a Nova Zelândia, e compensará qualquer possível crise de curto prazo.
A indústria de carne bovina dos EUA está enfrentando desafios de duas frentes, com a seca forçando os produtores a abater os bovinos em taxas acima da média normal. De acordo com o relatório do BNZ, enquanto a seca pode normalmente ser superada, a indústria continua afetada pela decisão do Governo de aumentar a produção de etanol.
Existem agora 134 plantas ativas de etanol nos EUA, bem mais que as 50 que existiam em 1999, o que levou a produção a quadruplicar neste período. Com mais plantas sendo construídas, a capacidade deverá aumentar mais 85%.
Um efeito colateral do estímulo à produção de etanol é que os custos dos alimentos animais aumentaram muito.
Davison disse que os pequenos produtores de carne bovina dos EUA podem ser pressionados a sair do mercado e que os maiores custos dos alimentos animais levará os produtores a abater seus animais com pesos menores. Para ele, a previsão de longo prazo para a carne bovina neozelandesa é boa, devido ao seu sistema natural de pastagem.