Cientistas da Nova Zelândia anunciaram o desenvolvimento de uma técnica que permite a rastreabilidade ao rebanho de origem de todas as carnes presentes em hambúrgueres feitos com carne moída.
O sistema, chamado “easiTrace”, foi desenvolvido em quatro anos no Crown Research Institute, na Nova Zelândia, e usa o DNA para rastrear as carnes até sua origem. Acredita-se que este seja o primeiro sistema que permite a total rastreabilidade de produtos de carne moída.
“Não está longe o dia em que, se você vir um hambúrguer de carne para venda em qualquer lugar do mundo, será capaz de rastrear a carne de volta a seu país, rebanho e animal de origem”, disse o cientista que conduziu o projeto, Grant Shackell. “Isso envolve análises convencionais de DNA, considerando misturas de DNA de cada ponto ao invés do perfil de DNA de cada indivíduo”.
O processo é adaptado a amostras de DNA contendo carnes de até 40 indivíduos. “Estamos usando efetivamente 15 gramas de carne de uma tonelada para comparar um hambúrguer específico a seu processador de origem”.
Shackell disse que esta será uma ferramenta valiosa para processadores de hambúrgueres e seus fornecedores de matéria-prima. “Isso significará que assuntos de qualidade possam ser tratados de forma precisa. Se, por exemplo, houver uma queixa sobre um hambúrguer, o processador poderá rastreá-lo de volta à origem e, a partir daí, seguir seu rastro para identificar o problema na cadeia de fornecimento”.
O sistema pode ser usado para identificar com mais precisão problemas que levam ao recolhimento de produtos, evitando a necessidade de recolher lotes de grandes volumes.
Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint