O Agronegócio e o Sucesso do Brasil no Mercado de Carnes

A Senador Kátia Abreu apresentou uma das palestras do Congresso Internacional da Carne, realizado em Campo Grande/MS, em junho passado. Segundo a senadora e presidente da CNA é preciso dar a devida importância da Agricultura e da Pecuária brasileira. "Nos últimos 10 anos, se não fosse o Agronegócio a balança comercial brasileira seria negativa. Sem o Agronegócio teríamos um déficit de R$ 40 bilhões em 2010".

A Senador Kátia Abreu apresentou uma das palestras do Congresso Internacional da Carne, realizado em Campo Grande/MS, em junho passado. Segundo a senadora e presidente da CNA é preciso dar a devida importância da Agricultura e da Pecuária brasileira. “Nos últimos 10 anos, se não fosse o Agronegócio, a balança comercial brasileira seria negativa. Sem o Agronegócio teríamos um déficit de R$ 40 bilhões em 2010”.

Kátia Abreu ressaltou que 90% das reservas cambiais responsáveis por manter a economia equilibrada e longe da crise vieram das exportações do Agronegócio. “O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e de aves, mesmo viando ao exterior apenas 19% da nossa produção, e seguimos abrindo novos mercados devido a nossa mobilidade no sistema de produção e capacidade de atender as exigências dos compradores”, comentou.

“Só tenho preocupação com a concentração dos clientes, poi isso pode nos deixar fragilizados no caso de algum embargo. É a situação que os exportadores de de carne bovina estão vivendo hoje, pois quase metade da nossa produção vai apenas para a Rússia e Irã”.

Apresentando dados sobre a distribuição do rebanho brasileiro a senadora frisou a pecuária brasileira tem condições de aumentar a lotação e a produção de carne. “Tecnologia e conhecimento nós temos. Nos falta crédito e políticas agrícolas condizentes com a atividade”. Para ela o problema da fome não é um problema da agropecuária, mas sim da ausência de renda.

“Hoje a arroba está em patamares elevados, mas isso ainda não possibilitou a recuperação das crises que enfrentamos nos últimos 15 anos. Estamos apenas nos recuperando, ainda não estamos ganhando dinheiro”, completou.

Citando o aumento da demanda, Kátia Abreu lembrou a todos os presentes no Congresso, que em 2015, mais de 50% da população mundial estará vivendo nas cidades e em 2050 essa população irá representar 80% da população mundial. ” Isso vai aumentar a demanda, a exigência, a diversificação do consumo e a necessidade de pensar em fornecer facilidades para o consumidor”.

Entrando no tema da reforma agrária, a palestrante afirmou que o que gera desenvolvimento é o mercado. “Ele sim é o responsável pelo desenvolvimento das regiões de forma natural e esse desenvolvimento acontece com adoção de tecnologia e aumento da produtividade”.

Apesar do crescimento das exportações nos últimos 10 anos, Kátia Abreu frisou: “temos que agradecer todos os dias ao povo brasileiro que é o responsável pelo consumo dos produtos do Agronegócio”.

Desde o início do Plano Real 25 milhões de brasileiros saíram da pobreza. A renda dos 20% mais pobres aumentou 50% e a dos 20% mais ricos cresceu 8,8% no período. Assim, o poder de compra da classe C ficou maior que o das classes A e B.

Para a senadora, a manutenção da política econômica foi a grande responsável por essa melhor distribuição de renda. “A inflação é o pior inimigo da renda do consumidor”.

“A população investe primeiro em alimento quando começa a ganhar mais. Após promover o aumento da renda é preciso fazer propaganda de nossos produtos, visando aumento do consumo interno. “Isso deve ser orquestrado pela indústria, junto as cadeias de supermercados”.

Kátia Abreu finalizou sua apresentação afirmando: “estamos lutando para manter o volume de comida que estamos produzindo hoje no Brasil. Temos área para plantar e tecnologia para aumentar a produtividade”.

0 Comments

  1. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Muito Bom!

    Gosto muito da clareza da senadora,e concordo com ela.

    O marketing no agronegócio ainda é um bicho de sete cabeças,no setor de frigoríficos,este setor somente entenderá (de fato) marketing quando os empresários estiverem olhando seus negócios não mas como frigoríficos,mas sim como IDÚSTRIAS DE ALIMENTOS.

    O que deverá ocorrer muito mais rápido do que se pensa a necessidade burila e transforma o setor.

    Dentro de cinco anos o setor de frigoríficos será muito diferente do que ainda é hoje.

    A forma de vender deverá mudar,assim como também a forma de produzir,novas formas comerciais,mas próximas do consumidor final,irão aflorar.

    As indústrias precisão se aproximar e muito do consumidor,hoje ainda não existe identificação,salvo pouquíssimos casos.

    As indústrias precisão atentar não somente a necessidade de se tornarem INSDÚTRIA DE ALIMENTOS do setor,estas precisam tornaren-se Indústrias de multi proteínas,também.

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

       

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