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O Amazônida é um devastador de florestas: deslavada mentira!

Costumo monitorar, acompanhar e ler tudo que os inimigos da Amazônia dizem, afinal, o "preço da liberdade é a eterna vigilância" (esta frase tem tantos autores que já merece ser de "autor anônimo"). Há pouco quando comentava um artigo do Jean-Yves Carfantan, Consultor da AgroBrasConsult, que, a verdade seja dita, não demonstra ser um dos inimigos, comecei a escrever algumas informações. Enquanto escrevia tive um "estalo", um "insight", foi como se acordasse de um mau sonho, um pesadelo, que vou tentar explicar. É verdade que o Amazônida é um devastador de florestas? Não, é a mais deslavada mentira já divulgada no mundo.

Costumo monitorar, acompanhar e ler tudo que os inimigos da Amazônia dizem, afinal, o “preço da liberdade é a eterna vigilância” (esta frase tem tantos autores que já merece ser de “autor anônimo”).

Há pouco quando comentava um artigo do Jean-Yves Carfantan, Consultor da AgroBrasConsult e autor do livro “Le choc alimentaire”, recém-lançado na França, que, a verdade seja dita, não demonstra ser um dos inimigos, comecei a escrever algumas informações tipo:

– O Brasil possui 200.000.000 de cabeças de gado, das quais 10%, 20.000.000 estão no Pará e que das 110.000 fazendas produtoras 90.000 tem até 200 cabeças, ou seja, pequenas propriedades.

Enquanto escrevia tive um “estalo”, um “insight”, foi como se acordasse de um mau sonho, um pesadelo, que vou tentar explicar.

Vivemos todos anestesiados, induzidos e hipnotizados pelas notícias e artigos veiculados pela grande imprensa, de boa fé, informações que são verdadeiros sofismas – mentiras disfarçadas de verdade – capazes de convencer os leitores, explorando a credulidade de todos.

As informações tem uma aparente coerência, sempre acompanhadas de “verdades científicas” não tão provadas, que todos nós engolimos e repetimos, principalmente porque a seriedade dos veículos de comunicação que as transmitem é tão grande e já testada que nós sequer imaginamos que possam não ser verdadeiras.

O Brasil, o mundo e até mesmo nós da região acreditamos em uma verdade que vem sendo pregada ao longo dos anos – “o Amazônida é um devastador de florestas!” – a hipnose coletiva é tão verdadeira que nós começamos a acreditar e ficar muito preocupados com o fato, pensando, os meus vizinhos tem que parar de desmatar.

Todo um paradigma foi construído, com tantos detalhes e cuidados, que fica muito difícil quebrá-lo, entretanto, não se pode “enganar todos, todo tempo”, um belo dia você acorda do pesadelo, como eu, e vê como é fácil quebrar o paradigma apenas usando a matemática e raciocinando.

Raciocinem comigo:

O Pará, um estado da Amazônia, apesar de todas as más notícias veiculadas pelo mundo diariamente, tem preservado 76% de seu território e nos 24% restantes explora a agricultura, extrai minério, desenvolve cidades de mais de 200.000 habitantes, inclusive a grande Belém (única metrópole da Amazônia, porquanto possui vários municípios conurbados) com 2.500.000 e cria 20.000.000 de cabeças de gado.

As outras 180.000.000 de cabeças (90% do rebanho nacional) são criadas no resto do Brasil.

Diferentemente do Pará que repito, preserva 76% de sua área, o resto do país preserva, em média otimista, 25% a 30% de seu território.

Diante destes fatos, fica no ar a grande pergunta:

– É verdade que o Amazônida é um devastador de florestas?

Não, é a mais deslavada mentira já divulgada no mundo.

Qual é a intenção das ONGS, ditas ambientalistas, que fazem questão de espalhar tal mentira?

– Isto é uma outra história que será aos poucos desvendada, quando os brasileiros começarem a acordar, culminando com um movimento para expulsar essas organizações que tentam sabotar o nosso progresso.

Todavia, é bom que ninguém esqueça que há 30 anos, os mesmos países que querem salvar a Amazônia, festejavam a idéia do “futurólogo” de peso (pesava cento e tantos quilos) Hermann Khan e o seu Hudson Institute, para a criação do “lago Amazônico”, a implantação de vários lagos na região que, interligados, ligariam o Oceano Atlântico ao Pacífico – a nossa memória é tão curta e nossa credulidade é tão grande!

0 Comments

  1. Virgilio José Pacheco de Senna disse:

    Dr Gi Reis,

    Estou tendo o privilegio de Ler o seu Artigo, meus parabens é a pura verdade.

    Tenho certeza que irá concordar comigo pois digo sempre que ” Os povos Amazonicos precisam ser ouvidos e falar em voz alta para todo o Brasil” , o que não pode é se viver o tempo todo em sono profundo. Chega de tantas ONG!s, chega de MST, chega de tantos Indios fazendo dança para as TV!s, Basta de tantos MINC. O Brasileiro precisa acordar .

    O senhor é um privilegiado pois mora na Amazonia, espero um dia poder conhecer esta parte do Brasil ao vivo e acores.

    Grande abraço de um Baiano Nacionalista.

  2. Gil Marcos de Oliveira Reis disse:

    Caro Virgilio José Pacheco de Senna,

    Obrigado pelo comentário.

    É bom saber que temos um aliado filho dessa terra maravilhosa que é a Bahia, um dos mais litorâneos estados do nosso Brasil Litorâneo.

    O único reparo que faço é quanto aos índios, outras vítimas do sistema que copia o estilo americano de reservas, que jamais permitiu a eles a cidadania estadunidense.

    O Brasil vive sob a égide do “jus solis”, direito do solo, ou seja, quem nasce em território brasileiro é brasileiro.

    Na minha opinião, no Brasil não existem mais índios e sim brasileiros com ascendência indígena (assim como os afro-descendentes, os descendentes de italianos, alemães, japoneses, chineses e etc) aos quais não são dados os direitos e deveres de todos nós, isolando-os em reservas sob o falso pretexto de preservação cultural.

    Porque será que também não nos colocam em “reservas”, nós que dançamos samba, lundu, aché, carimbó, marabaixo e praticamos o candomblé, vodu, budismo, cristianismo romano e não romano e, ainda mais, lavamos todo ano as escadas do Bomfim?

    Tudo faz parte do nosso “caldo cultural”, do qual nos orgulhamos muito.

    Um abraço Virgilio qualquer dia desses vamos nos encontrar em Salvador para “pegar o sol com a mão”.