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O futuro da rastreabilidade no Brasil

Finda mais uma Missão da União Europeia, fica claro que o Brasil está evoluindo no seu processo de rastreabilidade bovina. A cada ano que passa, os europeus veem a consolidação do sistema para atender as exigências de seu mercado o que dá créditos a todos envolvidos no processo (Governo, Produtores, Certificadoras, Frigoríficos). Neste ano, muitos estados sequer foram visitados, o que significa confiança nos processos ali estabelecidos. Mudanças e evoluções certamente ocorrerão dentro dos caminhos normais e naturais de modernização e melhorias de processos, comuns a todos os setores da sociedade. Na rastreabilidade SISBOV não é e não será diferente. Absorve-se novas tecnologias, implantam-se novos processos de gestão, corta-se os exageros, incluí-se coisas que faltam e por ai se vai melhorando.

Finda mais uma Missão da União Europeia, fica claro que o Brasil está evoluindo no seu processo de rastreabilidade bovina. A cada ano que passa, os europeus veem a consolidação do sistema para atender as exigências de seu mercado o que dá créditos a todos envolvidos no processo (Governo, Produtores, Certificadoras, Frigoríficos). Neste ano, muitos estados sequer foram visitados, o que significa confiança nos processos ali estabelecidos.

Mudanças e evoluções certamente ocorrerão dentro dos caminhos normais e naturais de modernização e melhorias de processos, comuns a todos os setores da sociedade. Na rastreabilidade SISBOV não é e não será diferente. Absorve-se novas tecnologias, implantam-se novos processos de gestão, corta-se os exageros, incluí-se coisas que faltam e por ai se vai melhorando.

Vejo como próximos passos deste mercado a expansão do número de atores e agentes envolvidos com o SISBOV devido a demandas vindas do consumidor final. Hoje, no Brasil, já temos várias redes de varejo que oferecem produtos rastreados por programas privados e individuais. Porque não utilizar o programa oficial que dá ao consumidor brasileiro as mesmas garantias dadas ao consumidor europeu? Nosso país e nosso povo já tem estatura para isso.

Além disso, outros mercados que exigem também processos de garantias de origem podem passar a utilizar o SISBOV sem que também processos paralelos de controles tenham de ser executados. À medida que nossa rastreabilidade ganha força e credibilidade, podemos passar a trabalhar com maior confiança no setor privado e menor intervenção direta do setor público, tornando o processo mais ágil, simplificado e barato, mas com a mesma qualidade. A filosofia moderna de gestão que está sendo implantada no MAPA certamente encontra eco nestas ideias.

Vejo no horizonte não muito distante processos unificados de rastreabilidade no Brasil com base nas premissas do SISBOV, com evoluções de gestão e ferramentas que deem mais autonomia a todas as partes. Assim, toda a carne do maior produtor mundial será rastreada e certificada, levando a todos os consumidores, sejam brasileiros ou de qualquer país do mundo, as mesmas garantias de inocuidade e origem.

0 Comments

  1. Vasco Varanda Picchi disse:

    Luciano,

    Compartilho sua visão de horizonte, não tendo dúvidas de que o trabalho que temos feito nos protocolos de certificação privados deve interagir com um sistema oficial de rastreabilidade unificado. De fato acredito que com a PGA isso será possível em breve.

    O SISBOV tem e teve uma função importantíssima, instrumentalizando a pecuária nacional e difundindo ferramentas de controle de rebanhos por todo o país. É claro que houve erros e acertos pelo caminho, o que é normal diante da diversidade de nossa pecuária, e das questões estruturais e políticas que precisavam ser resolvidas.

    O porquê de não utilizar o SISBOV, que daria ao consumidor brasileiro as mesmas garantias dadas ao consumidor europeu é simples. Hoje o SISBOV não permite garantir as questões sociais e ambientais, e nosso país e nosso povo já tem estatura para isso, e deve se preocupar com esses fatores cada vez mais, assim como os europeus já demandam mais informações, notadamente de 2009 para cá, ecoando o relatório do Greenpeace sobre a pecuária no bioma amazônico, por interesses diversos.

    Por isso, para modernizar o sistema oficial de rastreabilidade, esse deve sim aceitar interação com diferentes protocolos de certificação (o que inclusive pode ser feito via certificadoras oficiais), que sigam os requisitos estabelecidos oficialmente de rastreabilidade, porque os interesses dos clientes são diversos e dinâmicos, o que é ótimo, pois permite diferenciar e descomoditizar a carne, e evita que se crie uma concha de retalhos no SISBOV cada vez que um novo requisito surgir.

    Um abraço!

    Vasco

  2. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Luciano e Vasco,

    Parabéns pela exposição e defesa de idéias que apontam para melhoria / evolução continua de processos de rastreabilidade e certificação de nossa pecuária. O trabalho de todos os envolvidos certamente gerou conquistas importantes e semeou uma nova cultura no setor, que estou seguro ainda vai dar muitos outros frutos.

    Abraços,

  3. Luciano Medici Antunes disse:

    Prezados, o caminho da agregação de informações aos alimentos só tem mesmo uma via, a de crescimento. Hoje o Brasil passa por situações díspares. De um lado a crescente exigência de dados e informações (as questões ambientais estão por trancar todo processo de financiamento no Brasil a qualquer momento e ninguém está falando disso como se deveria) e de outro lado algumas lideranças que acham que estão defendendo os produtores quando lutam para que nenhum destes processos aconteçam e lutam apenas pela procrastinação. O georeferenciamento por exemplo é um caso claro. Já poderia estar tudo pronto e feito não fosse a luta de alguns deputados apenas por procrastinar e não por resolver a situação (pensando no voto imediato). Lideranças de verdade, nos dias de hoje, pensam em como levar os produtores rurais a modernidade e não em como mantê-los mais tempo no passado. Não há como esquecer que a mola mestra deste mercado é o consumidor final (como o é para todos os mercados) e este demanda as questões acima colocadas, seja aqui, seja na europa, seja em qualquer lugar do planeta.