Você já perguntou para um pecuarista quantas cabeças ele tem na fazenda e ouviu a resposta: “mais ou menos umas…”
Esse “mais ou menos” é exatamente onde mora o problema.
Foi a partir dessa dor que surgiu a auditoria de rebanho como uma solução real — não para “contar bois”, mas para alinhar o campo com o banco de dados. Na prática, é isso que permite à fazenda ter gestão de verdade, com decisões baseadas em fatos e não em suposições.
O nascimento da auditoria
Durante a entrevista conduzida por Miguel Cavalcanti com a equipe da Agropecuária Pontal e as consultoras da KJS Consultoria, Kátia Sato contou como a auditoria surgiu de uma necessidade prática:
“Eu precisava ajustar um banco de dados que não representava a realidade da fazenda. O ideal é que o banco de dados seja um espelho do campo.”
Ou seja, não se trata apenas de saber quantos animais existem, mas de confiar na informação disponível para tomada de decisão.
O erro que todo mundo comete: a “soca”
Um dos pontos mais importantes (e muitas vezes ignorados) da auditoria é o gado que fica fora do sistema.
A chamada “soca” — ou o boi que não passou no curral — representa uma falha grave. Se não passou, não foi registrado. Se não foi registrado, o número já está errado.
“Tudo que respira tem que passar no curral”, brinca Kátia.
“Se não passou, a auditoria considera como falta.”
Esse tipo de falha pode parecer pequeno, mas impacta diretamente o planejamento nutricional, os índices de produtividade e até a lucratividade do projeto.
Por que a equipe faz toda a diferença
O grande diferencial da Agropecuária Pontal é entender que a coleta começa no campo, com pessoas.
Treinar, explicar o motivo da coleta, envolver a equipe… tudo isso faz parte do processo que garante dados confiáveis.
Segundo Eduardo Amaral, diretor da Pontal:
“A gente considera que o maior ativo da fazenda é a equipe. A tecnologia só funciona se tiver gente capacitada operando com propósito.”
Esse alinhamento cultural — da liderança até quem coleta os dados no curral — é o que sustenta a excelência de gestão que a Pontal alcançou.
A importância dos dados confiáveis
Com mais de 30 mil cabeças de gado e uma estrutura de mais de 20 mil hectares, a Agropecuária Pontal conseguiu algo raro: um sistema de gestão onde cada animal tem histórico completo e confiável, desde o nascimento até o abate.
Com o suporte da KJS Consultoria, os dados são auditados, divergências são checadas e o banco é atualizado com precisão. Isso permite que decisões estratégicas sejam tomadas com segurança, seja para:
Escolher touros de IATF com melhor desempenho
Ajustar índices de preenhez por categoria
Planejar compras e vendas com previsibilidade
Um modelo que inspira
A Pontal é hoje uma referência em rastreabilidade, padronização de processos e cultura de melhoria contínua.
Não por acaso, os resultados aparecem:
Produção de 16 arrobas por hectare/ano
Abate médio com 22 arrobas antes dos 2 anos de idade
Zero acidentes com pessoas ou animais na última auditoria com 25 mil bois auditados em 7 dias
Mais do que números, isso mostra que é possível fazer gestão com qualidade em qualquer escala — desde que haja comprometimento, processo e liderança.
🎥 Assista ao 7º episódio completo com:
Kátia Sato – CEO da KJS Consultoria
Aline Oliveira – Consultora da KJS
Eduardo Amaral – Diretor da Agropecuária Pontal
Júnior Vasconcelos – Gerente de produção da Fazenda Pontal do Gongogi
🗓️ Estreia: 19 de setembro, às 7h
📍 Onde: Canal do BeefPoint no YouTube
🔗 Assista aqui:
Não perca essa oportunidade de aprender com quem vive a pecuária no mais alto nível.