Para complementar os esclarecimentos sobre dúvidas relacionadas à comercialização de bovinos de corte e consequente satisfação dos pecuaristas – quanto ao relacionamento entre produtores e frigoríficos – o BeefPoint reuniu diversas opiniões de profissionais relacionados à pecuária de corte, desde profissionais da indústria frigorífica, da carne, insumos e sanidade à produtores; de forma a esclarecer o seguinte questionamento:
Adoção do critério de peso vivo para comercialização dos animais
Confira o quarto artigo da série de 9 artigos!
Por Mauro Meneghetti, Zoetis.
Para contextualizar acho importante mencionar que meu vínculo emocional puxa para o lado do produtor e não do frigorífico (inclusive pelo fato de ter negócio de pecuária de corte), mas mesmo assim tendo a discordar que a venda do boi na fazenda seja a opção que o produtor deve buscar no futuro e isso nem sempre irá atender as queixas mencionadas pela classe em questão.
Há grandes chances de ser um tiro no pé e o que sustenta meu ponto de vista é que o pecuarista produz carne e é isso que ele deve comercializar, ou pelo menos deve ter isso como objetivo. Dito isso, vender o boi na fazenda pode ser uma grande perda de oportunidade para quem investe para produzir um animal que originará um carne de qualidade superior.
A cadeia precisa evoluir nesse sentido e ter programas de classificação e premiação mais robustos, esse nosso modelo que paga preço médio diferenciando, na maioria dos casos, apenas boi de vaca não é favorável a quem está investindo na modernização e evolução da pecuária de corte no Brasil. Hoje “alisar” vaca de leite descarte e mandar para o frigorífico é um bom negócio, mas isso não é pecuária de corte e quem paga a conta dessa carne ruim e cara para o frigorífico é o pecuarista que faz um animal de qualidade.
Confira os artigos da série, já publicados:
Série de artigos elaborada pela Equipe de Conteúdo do BeefPoint, Flaviane Afonso e Gustavo Freitas.
1 Comment
Mauro, concordo com você. Porém, em primeiro lugar, é urgente que se afira as balanças dos frigoríficos para que tenham um peso de carcaça honesto e confiável, para então partirmos para uma parceria bilateral saudável com os estabelecimentos abatedouros. Não se pode mais aceitar que se conserte negócios de compra de gado na balança do abate.