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27 de janeiro de 2011O que vai acontecer com os preços da arroba em 2011?
O ano passado começou cheio de incertezas, mas registrou forte alta no 2º semestre, com os preços atingindo valores históricos e chegando próximos dos R$ 120,00/@ em novembro. Como será o comportamento dos preços da arroba em 2011?
O gráfico abaixo nos mostra evolução dos preços da arroba em 2010 e início de 2011. O ano passado começou cheio de incertezas, mas registrou forte alta no 2º semestre, com os preços atingindo valores históricos e chegando próximos dos R$ 120,00/@ em novembro.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo a prazo
Na semana passada, o Médico Veterinário, Rodrigo Albuquerque, nos enviou alguns comentários sobre o mercado do gordo e fez algumas observações interessantes sobre os fundamentos desse mercado. Na sua análise, ele acredita que a demanda por carne bovina (interna e externa) continuará forte e a produção não deve aumentar de forma muito significante, “ou seja, a equação do boi para 2011 é: demanda interna firme + demanda externa firme + produção estável = estabilidade. Não tem espaço para derreter. O boi não vai descer do (salto) alto em 2011”, concluiu Albuquerque.
Seus comentários receberam um grande número de cartas dos leitores e estimularam opiniões favoráveis e contrárias. Assim perguntamos:
Como será o comportamento dos preços da arroba em 2011? Participe deixando o seu comentário no espaço para cartas do leitor abaixo.
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Oferta e demanda é que dita o preço de qualquer produto, e a carne não é diferente, essa valorização de 2010, é resultados de uma combinação de vários fatores de 2 a 3 anos atrás associada com a estiagem prolongada. Portanto em 2011 os preços continuarão estáveis, pois carne bovina não se produz do dia pra noite como a de frango. No entanto o estimulo a produção está ocorrendo aos montes e daqui a 3 a 4 anos de novo a carne bovina voltará não cobrir os custo de produção. Pois os investimentos de hoje só vão aparecer daqui a três anos. O que ocorrerá com os preços este ano só pequenas ocilações acompanhando a safra e entresafra(chuva e seca).
Certamente o que vai acontecer não é previsível, mas, uma coisa é certeza, se a classe não se manter unida, ou por causa dessa alta começar a entregar boi magro, inacabado, os frigoríficos vão começar a baixar os preços, o que não pode, é agir sem pensar no que vai acontecer futuramente, ou se deixar pressionar e achar que a alta é passageira, aí ela se tornará passageira.
O Mercado para 2011 já foi estabelecido no meu ver. Esse ano não acredito que veremos mais arroba abaixo de r$ 90,00, mesmo nas situações de mercado interno com pouca demanda no consumo.
Hoje, o que mais se aplica é especulação, pois infelizmente os grandes acabam afetando os preços aos pequenos frigoríficos e produtores. Se o governos apoiasse de forma igual todos os produtores e frigoríficos teriamos uma oferta baseada na qualidade do produto e o trabalho de cada empresa, sendo o consumidor final obrigado a se adequar as necessidades do preço para se manter as empresa ativas.
O que me preocupa sao os custos de producao que tambem vao se elevar sem nehum motivo para isto, tais como sal, vacinas, arame etc…
A demanda interna da carne, no ponto de venda só depende unica e exclusivamente do poder aquesitivo da população e espero que continuem em alta, pelo menos os que trabalham.
Acredito que o mercado do boi gordo vai continuar em um cenario de preços positivo por muito tempo, e para crescer as nossas exportações para a o mercado europeu, precisamos rastrear o rebanho para atender aquele mercado extremamente importante, e dar cada vez mais credibilidade produção.
Acredito que o mercado em 2011, se manterá estável pois a oferta não conseguirá crescer no mesmo rítimo da demanda. Os investimetos feitos para o aumento da produção não produzem resultados de curto prazo, por isso o crescimento da demanda será pequeno, o que manterá os preços no patamar atual.
Reinã
Não acredito em grandes elevações dos preços. Mas acho que a oferta será enxuta, pois muitos pecuaristas anteciparam o abate de bois programados para 2011 e adiantaram a venda para final de 2010 aproveitando os “bons” valores da arroba. Vamos ver o que acontece.
O preço da arroba do boi quem define é a dona de casa. Se o Kg da carne estiver muito caro ela não compra. Substitui por frango, suino, ovelha, peixe etcc… Desse modo esqueçam preço muito elástico.
Se o Novo Código Florestal, for aprovado esse ano, e espero que seja, vai provocar uma moratória de 5 anos no desmatamento. Nesses cinco anos deixará de entrar em produção em torno de 30 milhões de novas matrizes. As novas áreas de pastagens no norte do país eram as que substituíam as do sul, sudeste e centro-oeste que se transformavam em lavouras de soja, cana, eucalipto, laranja , além das perdas de produção em decorrência da degradação.
A falta das novas áreas do norte, combinadas com as perdidas no sul, sudeste e centro-oeste é que provocarão a escassez de boi.
No Nordeste, mais precisamente no Ceará, a oferta do boi gordo, em 2011, será bem menor que em 2010. Isto em decorrencia da seca prolongada em 2010. Muitos criadores, sem alimentoção para o rebanho, venderam até parte das matrizes. O preço da carne subiu e não teve mais retorno.
Minha oponião é que vai ser um ano com preços estabilizados, nem alta significativa nem baixa preocupante. Estamos ainda num período de regularização da oferta e procura e com as exportações aumentando. Prevejo dificuldades na reposição e preocupa-me as altas de tudo que se refere a pecuária.
Ano que requer muito cuidado dos pecuaristas para não se descapitalizar.
Todos nós sabemos dos vários fatores que possibilitaram os preços trabalhados no 2º semestre de 2010. Apesar de sabermos também que os números referentes a animais confinados estão reduzindo, tenho observado um grande interesse nesta atividade por parte do pequeno e médio produtor. As condições climáticas não estão as mais confiáveis em algumas regiões dos pais, problemas com pastagem, falta de arrendamentos para a recria e até mesmo a reposição estão complicadas em algumas praças. É hora de se organizar perante “esse” mercado que estamos chamando de “estável”.