O Brasil deveria fazer uma reforma em seu sistema de crédito subsidiado ao setor agrícola e ampliar o foco em inovações tecnológicas capazes de incrementar a produtividade no campo, sugere a OCDE. Em relatório anual de monitoramento de subsídios agrícolas, a entidade constata que o Brasil, grande produtor e exportador do agronegócio, concede proporcionalmente poucas subvenções ao setor – a ajuda representa, em média, apenas 3,1% da renda dos produtores.
A OCDE observa, também, que o Brasil tem procurado melhorar seu sistema de inspeção de produtos agropecuários, para restaurar a confiança doméstica e internacional na segurança de seus alimentos.
Para a OCDE, o fato de os bancos serem obrigados a reservar uma parte dos depósitos para crédito rural cria potencial excesso de oferta e riscos de “default” para produtores e governo. A entidade avalia que a maior parte desse crédito é destinada a subsidiar empréstimos de curto prazo, como capital de giro e comercialização, que podem distorcer mercados.
Ao mesmo tempo, a OCDE defende que o acesso ao crédito rural no Brasil seja facilitado com a redução da burocracia. E prega, sobretudo, que o apoio deve ser focado em investimentos que explicitamente incorporem inovações tecnológicas e impulsionem gestões e práticas ambientais mais avançadas.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.