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Oeste paulista: gado cede terras para a cana

Conhecida pelo predomínio da pecuária, a região de Araçatuba, no Oeste paulista, está virando um enorme canavial. É a última fronteira do Estado a aderir à cana. No total, são cerca de 20 projetos de novas usinas na área, afirma o diretor-executivo da Usinas e Destilarias do Oeste Paulista (Udop), Antonio Cesar Salibe.

Um dos motivos para o interesse dos produtores, explica ele, é o preço da terra. “Enquanto, o alqueire na região de Araçatuba custa R$ 20 mil, em Ribeirão Preto, berço da cana, não sai por menos de R$ 70 mil”. Além disso, há muito espaço para ser explorado, completa Salibe.

Entre os precursores do setor na região estão a Aralco e a Unialco. As duas empresas também têm projetos de novas unidades. A Aralco vai investir R$ 80 milhões numa usina em Buritama para produção de álcool para a indústria química e produtos derivados do açúcar, com maior valor agregado.

Grupos tradicionais no setor, seja em São Paulo, Mato Grosso do Sul ou Nordeste, já perceberam o potencial da região e não perderam tempo. O Grupo José Pessoa, por exemplo, marcou sua entrada no Oeste paulista com a compra da usina Alcoazul, em Araçatuba. Uma outra unidade, em Penápolis, começará a moer cana em maio do ano que vem e terá capacidade para 1,5 milhão de tonelada de cana. Outra usina será construída em Araçatuba.

Outros grandes nomes do setor sucroalcooleiro preparam a entrada na região, como a Usina Santa Inês, do empresário Antônio Toniello, que terá uma unidade em Castilho. Maurílio Biagi acaba de inaugurar uma usina em Vertente e prepara outra em Ouro Oeste. Mas a expansão da empresa na região não deve parar por aí, garante.

Fonte: O Estado de S.Paulo, adaptado por Equipe BeefPoint

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