O indicador Esalq/BM&F boi gordo voltou a subir, sendo cotado a R$ 76,14/@ à vista, alta de R$ 0,03. O indicador a prazo foi cotado a R$ 76,95/@, com valorização de R$ 0,01, acumulando alta de 6,15% desde o começo do ano. Neste início de semana, os negócios seguem lentos e com preços firmes. As escalas continuam curtas e a oferta de boi gordo não dá sinais de aumento no curto prazo.
O indicador Esalq/BM&F boi gordo voltou a subir, sendo cotado a R$ 76,14/@ à vista, alta de R$ 0,03. O indicador a prazo foi cotado a R$ 76,95/@, com valorização de R$ 0,01, acumulando alta de 6,15% desde o começo do ano. Na BM&F, todos os vencimentos apresentaram recuo, com exceção de março/08. Porém o número de contratos negociados, para a maioria dos vencimentos, foi muito reduzido, veja mais na tabela abaixo. O primeiro vencimento fechou a R$ 75,90/@, alta de R$ 0,06, com 56 contratos negociados e 3.018 contratos em aberto. Maio/08 teve desvalorização de R$ 0,36, fechando a R$ 73,47/@. Os contratos com vencimento em outubro/08 fecharam a R$ 80,05/@, queda de R$ 0,32, com 1.737 contratos negociados e 15.831 contratos em aberto.
Tabela 1. Fechamento do mercado futuro em 17/03/2008
Tabela 2. Resumo das cotações do mercado físico do boi gordo em 17/03/2008
No atacado, as cotações permaneceram estáveis, com o traseiro valendo R$ 5,10 e o dianteiro e a ponta de agulha sendo negociados a R$ 3,70 e R$ 3,10, respectivamente. O equivalente físico foi calculado em R$ 64,41/@. A valorização do indicador de boi gordo provocou novo aumento no spread (diferença) entre Esalq/BM&F boi gordo e equivalente físico, que está em R$ 11,73/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F boi gordo x equivalente físico
André Camargo, Equipe BeefPoint
Como está o mercado do boi gordo, vaca gorda e reposição de sua região, em relação a preços, oferta e demanda e número de negócios efetivados?
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O problema de escala curta, quem deu este tiro no pé foi o próprio frigorífico.
Primeiro que escala longa não quer dizer mais carne no mercado, cada frigorífico tem a sua capacidade de abate, a escala pode estar feita para quatro meses, o frigorífico só vai colocar no mercado a quantidade de carne limitada pela sua capacidade de abate, portanto não existe motivo para queda no preço quando aumenta a escala.
O que os frigoríficos deveriam fazer era levantar a mão para o céu, quando a escala estivesse longa, e dar graças a Deus, porque os seus fornecedores garantiram matéria prima para uma indústria que trabalha com milhares de funcionários, e com compromissos de entrega de carne no mundo inteiro, pudesse ter tranquilidade para trabalhar, no mínimo manter o preço como forma de agradecimento pela confiança na sua empresa.
Os frigoríficos tiveram uma grande evolução na comercialização da carne, mas na comercialização do boi ainda estão na idade da pedra, respeitam muito os compradores de carne, mas ignoram o conhecimento adquirido, pelo sofrimento dos últimos anos, e a evolução na capacidade de comercialização que teve o produtor brasileiro.
Estão começando a pagar por este descuido, ainda dá tempo de recuperar, sejam rápidos.
Parabéns ao Antonio Pereira Lima, de Campo Grande.
É isso mesmo o que ele disse, a lei da oferta e procura é soberana no mundo capitalista e globalizado, mas os frigorificos não se alertaram que passaram da medida, pisando e abusando do pecuarista, agora vão ter que aguentar a pouca oferta, e adequarem seus custos a diminuição do abate.
Agora um alerta Srs pecuarista, frigorificos estão nadando em dinheiro do BNDS, construindo plantas, confinamentos, grandes projetos e tal..tal…tal.
Obrigado.
Parabéns ao Sr. Antonio Pereira Lima pelo comentário. A maioria dos pecuaristas pensam exatamente dessa forma.
Já foi dito dezenas de vezes nesse espaço, que o pecuarista não procura picos de preço e sim uma constancia, baseada principalmente nos seus custos. Outras atividades como leite e cana já orientam seus preços planificadamente. A cadeia da carne tem de ser mais inteligente, ou sofremos todos, hora um lado, hora outro.
A preocupação da venda deve ser do vendedor. Somos produtores e devemos ser vendedores.
Tenho 12 bois nelores criados, recriados, engordados-acabados a pasto e sal mineral.
Estão em condições de venda, a R$ 75,00 a prazo; a ociosidade do frete de 6 cabeças é por minha conta.
Os comentarios anteriores refletem claramente o pensamento dos produtores. Entendemos que seria importante que houvesse uma concientização por parte dos frigoríficos que se faz necessário um tratamento comercial de parceria com os seus fornecedores no sentido mais amplo da questão, viabilizando meios favoráveis, bem como gerando expectativas confiáveis resultando em estimulo à produção com uma visão de longo prazo.
Atualmente temos a impressão de que as indústrias operam com uma visão oportunista, só não sugam mais quando não tem mesmo jeito, e o resultado disto é um sentimento de desconfiança entre os elos que nada acrescenta ao negócio como um todo.
Saudações.