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Oferta de gado gordo é mínima no MS

Está muito difícil encontrar boi gordo para abate em Mato Grosso do Sul. Aqueles que gostam de carne gorda no churrasco do fim de semana têm reclamado muito, pois estão sendo obrigados a comer carne magra, na maioria das vezes. Essa realidade reflete-se de alguma forma no mercado da carne, mantendo os preços firmes. A expectativa para alguns pecuaristas é que o preço da arroba do boi suba mais um pouco atingindo R$ 60 nesta semana. Para outros, a tendência é de se manter nos patamares atuais, R$ 58 a arroba com 30 dias.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Laucídio Coelho Neto, disse que, além de ter demorado mais para caírem as primeiras chuvas depois do período seco, elas têm sido irregulares na maioria das regiões do Estado. “Dessa forma, as pastagens estão também demorando mais para se recuperar”, analisou.

Para ele, também há outras razões para a pecuária vivenciar esse quadro: os confinamentos foram em menor número este ano e os semi-confinamentos praticamente inexistiram. “Estamos vivendo uma safra justa, o boi começa a engordar, mas o pecuarista precisa de dinheiro e vende o gado antes mesmo de ele atingir o peso ideal”, lembrou.

Para o presidente da Associação dos Criadores de Novilho Precoce de Mato Grosso do Sul, Antônio José de Oliveira, a oferta de gado aos frigoríficos é boa, mas concorda que dificilmente hoje chega para abate um boi com 18 arrobas. Quanto ao preço do boi, acha que deve se manter estável, com tendência de baixa dentro de mais algumas semanas. “As vendas no atacado deram uma recuada. O traseiro, que estava custando R$ 2,80 no atacado, caiu para R$ 2,50, uma queda bem significativa”, disse, considerando difícil que a arroba chegue a R$ 60.

Fonte: Correio do Estado/MS (por Maurício Hugo), adaptado por Equipe BeefPoint

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