No mercado físico os negócios seguem lentos e as escalas não evoluem. Frigoríficos reportam que o mercado está muito agitado e a euforia que se instalou no setor acaba prejudicando os negócios. A arroba do boi gordo continua em alta. O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 91,42/@, alta de R$ 0,81. O indicador a prazo foi cotado a R$ 92,38/@.
A arroba do boi gordo continua em alta. O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 91,42/@, alta de R$ 0,81. O indicador a prazo teve valorização de R$ 0,39, sendo cotado a R$ 92,38/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 12/06/08
De acordo com as cotações levantadas pelo BeefPoint, ocorreram alterações em SP, MT, GO, PR, MG, PR e MA. No Mato Grosso do Sul os preços de balcão são de R$ 87,00/@, mas compradores que atuam no estado já reportaram negócios acima deste valor. Em lotes grandes e bem acabados frigoríficos já negociam preços perto dos R$ 90,00.
Mesmo com a dificuldade atual muitas indústrias acreditam que nos próximos meses a oferta deve melhorar um pouco, os compradores estão confiantes que com o início do abate de bois de cocho a disponibilidade deve aumentar dando uma certa tranquilidade aos frigoríficos. Pesquisa realizada pela Assocon, com seus associados, indica que a intenção de confinamento cresceu neste ano, podendo alcançar um volume 16% maior que em 2007.
Na tentativa de garantir escalas para a entressafra, muitos frigoríficos tem optado por fechar contratos de boi a termo. Segundo notícia da Gazeta Mercantil, o gerente de Suprimento de Matéria-Prima do Independência, Eduardo Pedroso, diz que o aumento em relação ao ano passado será de 200% – a maior parte dos contratos fechados com confinadores. Pedroso diz que, na unidade de Goiás, 90% da escala para o segundo semestre está contratada. E na unidade de Nova Xavantina (MT) são 40%. “Alguns negócios foram fechados no ano passado. Nossa idéia não é garantir custo menor, mas planejar a escala”, afirma.
Tabela 3. Resumo das cotações do mercado físico do boi gordo em 12/06/2008
O mercado de carne segue equilibrado, o varejo briga para evitar novos reajustes, argumentando que nos preços atuais já existe diminuição no consumo. Porém a oferta de carne no atacado é bastante enxuta e ainda sustenta os preços, com os frigoríficos forçando novas altas.
De acordo com o Boletim Intercarnes, no atacado, traseiro e ponta de agulha tiveram variação de R$ 0,10, sendo cotados a R$ 6,20 e R$ 4,10, respectivamente. O dianteiro permaneceu com preço estável em R$ 5,20. O equivalente físico foi calculado em R$ 83,64/@, alta de 1,11%. Com este reajuste o spread recuou um pouco, mas ainda continua com valor acima da média dos últimos 12 meses. Esta diferença – entre indicador de boi gordo e equivalente – foi calculada em R$ 7,78/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x equivalente físico
André Camargo, Equipe BeefPoint
Como está o mercado do boi gordo, vaca gorda e reposição de sua região, em relação a preços, oferta e demanda e número de negócios efetivados?
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