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Oferta pode limitar a produção de Biodiesel de sebo

A produção de biodiesel de sebo está na mira de diversas empresas brasileiras, que se mobilizam para começar a produção. Mas a oferta de matéria-prima pode limitar a expansão do produto no mercado, segundo especialistas. “Se houver quatro fábricas com capacidade produtiva de 100 mil toneladas cada, não haverá matéria-prima suficiente, pois o sebo já tem outras aplicações”, destacou o coordenador do Projeto Biodiesel Brasil, Miguel Dabdoub.

“Outra preocupação de quem produz biodiesel de sebo ou pretende produzir é com a possibilidade de aumento do preço da matéria-prima, em caso de excesso de demanda, pois a concentração do mercado de frigoríficos é muito grande”, conta a coordenadora de biocombustíveis do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Edna Carmelio.

A Fertibom, fabricante de adubos, puxou a fila, com início da produção em janeiro desde ano. A Biocapital aguarda licença da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para começar a fabricar biodiesel. As operações da planta de biodiesel do Grupo Bertin podem começar em novembro, e notícias de mercado dão conta de que o Frigorífico Marfrig está de olho no setor.

Além de possível falta de matéria-prima, a demanda pode alavancar o preço do sebo. O coordenador do projeto de biodiesel da Fertibom, Heitor Barbosa, não divulga o custo de produção do biodiesel de sebo, mas afirma tratar-se da matéria-prima mais barata, no momento, para a fabricação do biocombustível. “Se o óleo vegetal for oferecido a um custo mais baixo, podemos migrar de matéria-prima, pois temos uma planta flexível”, disse Barbosa.

A unidade de biodiesel do Bertin, em Lins/SP, terá capacidade para produzir até 100 mil de toneladas anuais de biodiesel. Segundo o vice-presidente de operações da Dedini S/A Indústrias de Base, José Luiz Olivério, a montagem da usina deve ser concluída até o fim de outubro. A matéria é do jornal Gazeta Mercantil.

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