As negociações para liberalizar o comércio mundial serão retomadas lentamente esta semana na Organização Mundial do Comércio (OMC), com as atenções concentradas no que a União Européia (UE) fará na área agrícola, de acordo com matéria de Assis Moreira, publicada no Valor Econômico.
Para o Brasil, a questão é simples: a chamada Rodada Doha só avançará se a UE melhorar sua oferta de cortes tarifários nos produtos agrícolas. “Do contrário, não vejo outra forma de fazer progresso e cumprir o calendário da negociação”, afirma o embaixador brasileiro junto a OMC, Clodoaldo Hugueney.
As negociações só vão entrar num ritmo mais acelerado no final do mês, numa reunião de cerca de 30 ministros de comércio em Davos, nos Alpes suíços. Ali, o Brasil, líder do G-20, espera da UE “clareza” na área agrícola, para que a rodada possa prosseguir.
O cronograma da negociação estabelece para até o final de março algum entendimento sobre o valor dos subsídios indiretos à exportação.
Até o final de abril, os países devem chegar a um acordo sobre o tamanho dos cortes dos subsídios e das tarifas agrícolas, mas também das tarifas de produtos industriais.