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OPAS otimista sobre combate à aftosa na América do Sul

“A erradicação da febre aftosa no continente sul-americano é uma iniciativa que vai passar para a história. Estamos fazendo história e desenvolvendo ações que podem servir de exemplo para outros trabalhos comuns como o combate à fome”. A afirmação é do chefe da Unidade de Saúde Pública Veterinária da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Albino J. Belotto, após encontro com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Gabriel Alves Maciel.

Ele fez um balanço otimista dos esforços que os países da região vêm realizando para combater a doença e citou a Bolívia que “tem avançado rápido e há mais de dois anos não registra nenhum foco de aftosa”. Na região de fronteira com o Brasil, o país tem uma área livre com vacinação desde maio de 2003. Ele lembrou também que o sul do Peru é considerado livre sem vacinação desde maio último. Argentina e Colômbia têm áreas livres com e sem vacinação, Uruguai e Paraguai só áreas livres com vacinação e Chile sem vacinação.

O técnico citou os esforços do Brasil, que conta com 16 estados reconhecidos internacionalmente como livres da doença com vacinação, e vem intensificando campanhas nas regiões Norte e Nordeste, ainda consideradas de maior risco.

Belotto elogiou o trabalho coordenado que os países do continente vêm desenvolvendo nas áreas de fronteira, sem ferir soberanias, e a resolução que estabeleceu o compromisso para erradicação da doença no Mercosul ampliado, incluindo Chile e Bolívia. Para o representante da OPAS, é fundamental o trabalho conjunto entre governos e o setor produtivo. “Essa integração tem contribuído para o processo de conscientização dos pecuaristas, hoje cientes de suas responsabilidades com a saúde, o meio ambiente e a questão social”.

Belotto recordou que a aftosa na Inglaterra provocou o sacrifício de seis milhões de animais e um prejuízo de US$ 12 bilhões. “Além das perdas específicas no agronegócio, a aftosa pode prejudicar até o turismo. O turista que não tem informações sobre a doença, muitas vezes fica com medo de viajar para países onde ela se manifesta”, avalia.

Fonte: Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint

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