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Operação Abate: justiça bloqueia bens de frigoríficos

A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens do frigorífico JBS-Friboi em Porto Velho/RO devido a supostas irregularidades que foram investigadas na Operação Abate, da Polícia Federal. Também estão impedidos de movimentar propriedades no Estado outros quatro frigoríficos - incluindo o Margen -, um curtume, um laticínio, dez empresários e o deputado federal Ernandes Amorim (PTB-RO).

A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens do frigorífico JBS-Friboi em Porto Velho/RO devido a supostas irregularidades que foram investigadas na Operação Abate, da Polícia Federal.

Também estão impedidos de movimentar propriedades no Estado outros quatro frigoríficos – incluindo o Margen -, um curtume, um laticínio, dez empresários e o deputado federal Ernandes Amorim (PTB-RO).

A operação da PF foi desencadeada em junho deste ano e prendeu 22 pessoas. Além de Rondônia, os policiais cumpriram mandados em outros sete Estados e no DF. Segundo a Polícia Federal, empresas adulteravam a pesagem de carnes com a injeção de água. Fiscais do governo federal são suspeitos de receber propina para liberar alimentos em condições impróprias em Rondônia. Um dos presos foi o superintendente do SFA (Superintendência Federal da Agricultura) no Estado e nove servidores públicos do SFA já tiveram o bloqueio de bens decretado anteriormente.

Segundo o Ministério Público Federal, o deputado federal foi responsável pela nomeação do superintendente e articulou de maneira ilegal benefícios a seus negócios.

A Justiça Federal já aceitou denúncia contra os envolvidos em uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público. Os procuradores querem que os acusados paguem R$ 5 milhões de indenização pelos prejuízos causados à sociedade. Uma ação criminal também deve ser elaborada contra os suspeitos.

O grupo JBS-Friboi informou que não foi comunicado da decisão de bloqueio e que não poderia se pronunciar sobre o assunto, mas diz estar contribuindo com as investigações da PF.

Ernandes Amorim negou as denúncias e que tenha feito a nomeação do superintendente. Ele se disse vítima de represálias por denunciar “cartéis da carne” no país e irregularidades no Ministério da Agricultura.

A matéria é Felipe Bächtold, publicada na Folha de S. Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Gregório Torquato disse:

    Parabéns ao Ministério Público e ao Ministério da Agricultura.
    Existem políticos que ainda acham que a Lei não se aplica a eles.
    É assim que se moraliza o país.