Um dos temas mais frequentemente comentado e discutido no nosso setor é o rápido crescimento dos frigoríficos, com destaque para o JBS-Friboi, que cresceu faturamento quase 100 vezes em menos de 15 anos. Pecuaristas em especial, mas também outros elos da cadeia da carne (como distribuidores e até mesmo frigoríficos menores) comentam que uma grande empresa achata a rentabilidade dos outros atores no mercado. Meu objetivo nesse artigo não é avaliar se a atuação dos grandes frigoríficos é benéfica/maléfica para o setor como um todo, mas entender e avaliar as mudanças que esse grande crescimento podem e devem trazer para os outros elos e outros frigoríficos.
Um dos temas mais frequentemente comentado e discutido no nosso setor é o rápido crescimento dos frigoríficos, com destaque para o JBS-Friboi, que cresceu faturamento quase 100 vezes em menos de 15 anos. Pecuaristas em especial, mas também outros elos da cadeia da carne (como distribuidores e até mesmo frigoríficos menores) comentam que uma grande empresa achata a rentabilidade dos outros atores no mercado.
Meu objetivo nesse artigo não é avaliar se a atuação dos grandes frigoríficos é benéfica/maléfica para o setor como um todo, mas entender e avaliar as mudanças que esse grande crescimento podem e devem trazer para os outros elos e outros frigoríficos. Os frigoríficos fizeram sua lição de casa. Em 2002-03, era muito comum ouvir importadores reclamando de atrasos e falta de qualidade/padronização, nas grandes feiras de alimentos, como SIAL e Anuga. Hoje isso é muito mais raro. Ou seja, as empresas cresceram e ao mesmo tempo se organizaram, se profissionalizaram.
Há alguns anos, os frigoríficos aumentaram significativamente sua atuação nos confinamentos, comprando, arrendando e construindo instalações para terminações de bovinos próximo de suas principais plantas. Os motivos para isso são: garantia de fornecimento de carne com determinado padrão e uniformidade e também como um seguro contra momentos de baixa oferta. Os confinadores são fornecedores dos frigoríficos. De alguma forma, os frigoríficos se tornaram concorrentes de seus fornecedores de gado gordo, sejam confinadores ou invernistas de gado a pasto. Em minhas andanças pelo Brasil e lendo os inúmeros comentários de leitores do BeefPoint, percebo que essa movimentação dos frigoríficos não é bem vista pelos pecuaristas, que entendem como mais um desafio, mais um diminuidor de margens.
Até mesmo os pecuaristas que vendem (ou fazem parceria com) gado magro para esses confinamentos de frigoríficos, o fazem com uma ponta de receio ou arrependimento. Muitos dizem: fiz um bom negócio (avaliando pontualmente), era a melhor oportunidade para esse meu lote de garrotes, mas acho que posso estar contribuindo para uma atividade menos lucrativa no médio-longo prazo. Ou seja, percebem que podem fazer um bom negócio no curto prazo e um mal negócio no médio-longo prazo.
O JBS-Friboi recentemente anunciou a entrada em duas novas áreas: curtumes e distribuição de carnes. O mercado de couro cru teve alta nas últimas semanas, graças a essa mudança, que agora deve se acelerar com a incorporação do Bertin, que tem longa experiência nesse ramo. A outra novidade, muito mais debatida e polêmica é a promessa do JBS-Friboi em distribuir carne bovina até o consumidor final, usando vans e pessoal próprio. Publicamos uma notícia no BeefPoint, sobre o projeto piloto, de venda de carne porta a porta em Andradina, SP. Muitos comentários criticavam o novo projeto apontando principalmente a concorrência com os próprios clientes da empresa (os distribuidores e varejo de carnes, pequenos e grandes).
Outra novidade da empresa é a criação de um banco, para financiar projetos de curto e longo prazo de pecuaristas fornecedores. E também a criação de uma bolsa de compra e venda de gado magro – mais uma atividade envolvendo as trocas dentro da cadeia.
Ao citar a atuação da empresa em várias atividades distintas do abate de bovinos (confinamento, curtume, distribuição porta a porta de carne, banco, etc), meu objetivo nesse artigo não é taxar tal atitude de errada, ilegal ou desonesta. O ponto é outro: qual será o impacto desses movimentos em relação aos clientes e fornecedores da empresa?
O primeiro impacto (e mais fácil de se perceber) é que numa situação onde a empresa concorre diretamente com clientes ou fornecedores, vai ser muito mais difícil se posicionar como um “parceiro”, como foco no longo prazo e ganho conjunto. Por outro lado, esses novos negócios podem servir lacunas que existiam no mercado e não eram atendidas.
Pensando sobre essa situação, me lembrei da posição atual da Microsoft, que é uma empresa com participação significativa em diversos mercados ligados a computação (softwares, sistemas operacionais, video games, etc), longa tradição em produtos de qualidade. Uma empresa que revolucionou o mercado. O que vem acontecendo? Ela ganhou, devido a suas movimentações estratégicas, a imagem de algo como “gigante insensível”, pouco amigável a parceria, etc.
Outro fator importante é o aumento da transparência e do poder do indivíduo, com o avanço da tecnologia e da informação. Hoje é muito mais difícil (diria que quase impossível) esconder uma informação indesejada. E é muito mais fácil para uma pessoa comum, sem ligação direta com a grande mídia, espalhar ou difundir sua mensagem, em especial quando se trata de uma mensagem em desagravo a uma empresa. Hoje, mais do que nunca, a melhor forma de parecer é ser. Tentar ser o que não é ficou muito mais difícil. Estar bem posicionada na mente de seus clientes e fornecedores será cada vez mais importante.
A minha aposta é que conseguir gerenciar bem a relação com todos os envolvidos será cada vez mais importante para a sustentabilidade de toda empresa no longo prazo. Vide a importância das ONGs e de outros representantes da sociedade civil nos negócios hoje em dia.
Tudo isso não é uma conclusão do insucesso próximo para grandes empresas, mas de uma indicação que o tamanho pode se tornar um passivo, gerando perda de competitividade, se não enfrentado. Principalmente se essas empresas ganharem fama de distantes ou implacáveis. Em especial ao expandir as atividades para elos antes e depois da atividade principal da empresa. É um grande desafio conseguir balancear a relação com clientes e fornecedores, não perdendo os melhores para a concorrência e ao mesmo tempo seguir crescendo.
Há também a preocupação com foco de atuação. Quanto mais ampla for sua atuação, mais difícil é conseguir a excelência em todas as áreas. Tudo isso abre espaço para o posicionamento de outras empresas. Empresas menores, com foco mais restrito podem se tornar tão ou mais competitivas, mesmo não tendo as mesmas economias de escala que uma empresa gigante. Empresas muito grandes, em geral vistas como um desafio a lucratividade de outros atores do setor, podem se tornar uma oportunidade para atuações em segmentos de mercado, de forma mais ágil ou especializada. A chave para o sucesso nessa estratégia é não tentar copiar o grande, mais tentar fazer bem o que ele não consegue. Não tentar imitar, mas ser diferente. Muito difícil de se implementar na prática, mas não impossível.
Durante debate no Interconf, em setembro desse ano, Murilo Dorazio, proprietário do frigorífico Mataboi, brincou com Junior do Friboi, falando para a platéia de pecuaristas e técnicos: “Deixe ele com os milhões e bilhões e venham abater seu gado conosco, que temos tempo para atendê-los”. Uma clara tentativa de se mostrar menor como vantagem, por ter mais proximidade com seu fornecedor.
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Prezado Miguel,
Como um velho executivo aposentado, ainda na lida, mas não com afoito, vi e vivi muitas historias do gigantismo acabar. Só pra ilustrar, quem não lembra do Mappin, maior ponto de vendas por metro quadrado, do grupo Garavelo, quase 500.000 clientes pagando um carro ou uma moto e imoveis ao mesmo tempo, e assim vai, a maior empresa do planeta General Motors, os recentes descontroles da Sadia e neste momento o gigantismo afundando, acreditem, Dubai.
Por certo os gigantes tem força, mas perdem agilidade e habilidades, e muitas vezes o controle da informação. Problema fatal.
Neste cenário abre-se espaço para os produtos diferenciados, para a qualidade, para a interação, para a diferenciação com velocidade.
Como se diz no velho marketing, devemos “encantar” nossos clientes.
Isto os grandes tem problemas para fazer. Pequenos parem de chorar e ponham as mangas de fora!
A esse respeiot, eu posso te dizer uma coisa crescer e bom para todos,nao tem duvidas q vai abrir fronteiras , cada vez mais, agora se maltratar o pecuarista achando q vai levar vantagens , e so olhar exemplos de outros q ja quebraram, eu ja morei nos estados unidos, antes da crise, cansei de ver frigorificos quebrados, junto a seu confinamento.
Grande Murilo Dorazio, e isto que o pecuarista de verdade gosta de ouvir no pe da orelha, que boiadão, boiada bem acabada, ter um carinho especial, afinal quanto tempo ele ficou namorando este boi no pasto, pois merece um bom elogio, afinal ele é a principal engrenagem do frigorifico, sem ele não tem baile, ele é o dono da festa a muitos anos, e isto pouquíssimos frigoríficos levam em consideração, mas eu sei de voz corrida que o Mataboi tem um carinho muito especial com os pecuaristas, afinal quem não é o maior tem que ser o melhor, afinal foi o único de saco roxo, a dar orgulho a terra do boi gordo Araçatuba está de parabéns, por ter um Mataboi a todo favor.
Parabéns Sr. Murilo Dorazio, devagar também se chega.
Parabéns pelo texto !!!
O desafio não é ser grande, mas ter sabedoria e muita humildade para manter-se na liderança . A atividade primária da empresa JBS-Friboi virou apenas um detalhe, dentro desse complexo universo de outros negócios que gravitam ao seu redor.
Sds,
PROFISSIONAL DA CARNE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO LTDA.
Alexandre Campos – Diretor
diretoria@profissionaldacarne.com.br
A comparação com outras empresas fora do setor, é uma boa referência.
Se o JBS conseguir trazes para o mercado a mesma segurança que a Microsoft tras para o mercado dela, já será um grande passo.
Depois disso, como ela fará para não cometer os mesmos erros, já é um próximo desafio.
Mas mesmo assim, acredito que o desafio maior, é dos pecuaristas de algumas regiões, que não terão opção de negociação e estarão obrigados a comercializar com um monopólio.
Parabéns pelo artigo.
Parabens pelo artigo, com estes esclarecimentos os pecuaristas poderão ter mais atenção na hora de negociar o garrote para os confinamentos, ou até mesmo na hora do abate, buscar sempre opções diferentes. Monopolizar desde a engorda até a venda na porta das casas, é desprestigiar os fornecedores e o varejo.
cutucando a ferida ,
não se esqueçam que ja tivemos grandões no Brasil hen (logico em proporção bem menor, mas era os poderosos de frigorificos no brasil ) ,
marcas que até hoje são encontradas nas gondolas de supermercados e etc ……
lembra no que deu ?
Caro Miguel,
Parabens pelo seu artigo sobre as consequencias de temos empresas que podemos chamar de megatransnacionais e intercontinentais, como JBS, Cargill, Bunge, Dreyfuss, Microsoft, etc.
Recentemente está havendo um questionamento que faz a pergunta o que aconteceria caso que estas empresas começam a pesquisar e simular as possiveis vantagens de se fazer um ” destruição construtivo”.
Manter a cadeia e principalmente os seus elos viva e creativa, ter excelencia focado nos processos e no consumidor final e principalmente manter um nivel saudavel de concurrencia que é a alma e requesito basico para qualquer negocio bem sucedido e sustentavel são no meu entender as razões para que se pense em mudar o gigantismo excessivo.
Sinto que estamos na fase de devoração e da ganancia e com um pensamento do tipo de não deixar nada para ninguem e, como voçe bem frisou, aí o bicho pode pegar.
Um abraço,
Louis.
Acredito que todos os elos da cadeia – carne – estão se perguntando aonde isso vai parar.
Será que o péssimo momento que a pecuária de corte vive é consequencia da cartelização/monopolio do setor frigorífico?
Gostaria muito de ver este assunto mais debatido no setor pecuário.
Antes da crise, da globalização e do mundo moderno em que vivemos hoje esse modelo nao teria nenhuma viabilidade. Bem, foi assim que eu aprendi.
Aprendi que: “nao dava jogo quando um jogador era o dono do campo, da bola, dos dois times e até dos juizes.
O pior é que ainda temos que torcer para dar certo, porque se o gigante resfriar estaremos todos na UTI.
Reafirmo que adoraria ver este tema ser avaliado por todos com diferentes focus.
Excelente artigo!
Parabens pelo artigo , muito providencial a hora que foi escrito . Mas ha outros detalhes muito importantes , vejamos . As limitacoes para expansao da pecuaria sao enormes , pois nao se pode mais expandir para a amazonia , que era a forma mais barata de aumento da pecuaria , seja de cria ou engorda . A concorrencia no centro-oeste e sudeste com outras culturas ja e evidente , portanto caso a pecuaria diminua sua rentabilidade por longo tempo teremos forte diminuicao do rebanho como ja temos sentido nestes ultimos dois anos . Contamos com a expansao da area de cana e varios fatores estimuladores a cana , como as novas ferrovias norte-sul e leste – oeste . Outro fator muito forte e a selecao natural do comercio , que esta tirando do mercado os pecuaristas menos eficientes , como ja ocorre na agricultura , deixando na atividade somente os pecueristas mais eficientes e mais precavidos que somente vao produzir com ferramentas de marcado para gestao de resultados , pois o maior lucro dos frigorificos vem do pecuarista menos preparado financeiramente . Agora , como uma grade empresa vai garantir fornecimento de gado gordo ou bois magros por longa data sem os bezerros e sem vecas . Pecuaria nao e como laranja , onde os frigorificos conseguem criar todas as vacas que precisam em suas proprias terras . A estenose da pecuaria esta na cria , e nao na engorda .
Caro Miguel
Existe uma certa cultura, não só no Brasil, de se malhar os que crescem ou se destacam em alguma área e mais internamente, nos vestirmos de coitadinhos massacrados pelos grandes. Estou de pleno acordo com você, pois essas posturas não levam a nada. Observo que as vezes as discussões são encaminhadas no sentido de enfrentamento daqueles que foram competentes em crescer, se organizar, se profissionalizar e acho que não é por aí. Ao invés de ficarmos reclamando, nossa postura deveria ser inicialmente de reconhecermos com humildade e senso de realidade, que temos muito que aprender, no mesmo sentido que os frigoríficos fizeram, logicamente com nossas particularidades.
Seu artigo sobre o associativismo foi muito oportuno para destacar por exemplo, o quanto somos atrasados nesse sentido. Claro que isso não é fácil, mexe com comportamentos e hábitos enraizados a séculos. Não basta reconhecer isso, é preciso agir e rápido e eu não ficaria surpreso se começarmos a perceber que unidos poderemos conversar de igual para igual com qualquer gigante multinacional pois um elo depende do outro. Isolados, não teremos chance alguma, seremos massacrados como moscas. Fomos razoavelmente eficientes na melhoria da produção, tanto em quantidade como em qualidade mas falta muito. Temos que ser competentes na comercialização, na organização e união da classe, na representação política, no marketing interno e externo.
A sobrevivência e crescimento de qualquer negócio atualmente está intimamente ligado à capacidade de adaptação às novas realidades, agilidade nas decisões, visão, capacitação técnica, fidelização, marketing, sustentabilidade, etc.
Com tanto dever de casa para fazer, me parece meio inócuo ficar criticando o crescimento dos grandes frigoríficos, por mais preocupante que seja esse assunto, pelo menos até que tenhamos força de união suficientes para sermos ouvidos, propormos alguma mudança, conversarmos de igual para igual.
Um abraço
Artigo que coloca na mesa “como devemos nos posicionar”com a evolução natural ,conforme carta do Paulo lemos,faria as seguintes sugestões.
Entendo que a melhoria da produtividae via pasto “boi verde”é uma realidade e
necessaria,manejo,novas variedaes de capins,melhoria de fertilidade etc…,mas concordar com a restrição de area, para com isso igualar os nossos custos com os de outros paises é simplesmente desprezar a nossa grande capacidade competitiva.A influencia das ONGS internacionais em tirar as nossas vantagens que competem diretamente no mercado deles é muito maior do que se avalia.
temos sim que ter incentivos para fortalecer o nosso mercado em sua total verticalização e não nos criticar,o inimigo é outro e difuso.
abraço
Parabéns Miguel.
Sem dúvida o medo do “gigantismo” está tirando o sono de vários elos da cadeia.
Entretanto, já foi comprovado em outras commodities, que a concentração das indústrias não causaram, a longo prazo, redução de preços das mesmas.
O profissionalismo demonstrado pelas indústrias frigoríficas é de se parabenizar.
A transparência dos maiores do setor está aí para todos tirar suas conclusões.
A injeção de crédito aos fornecedores de matéria prima, primeiramente promoverá ganhos em produtividade e a fidelização dos mesmos, estratégia esta já adotada por outras gigantes do setor de outras commodities, mas não podemos esquecer que proporcionarão instrumentos de previsibilidade a indústria.
O duro de tudo isto é acreditar na ÉTICA e SENSATEZ dos seres humanos que estão por traz de toda esta nova estratégia.
Exemplos disto já vimos em passados recentes, com Sadia, os créditos imobiliários podres do EUA, e mais recentemente a Palmeira em DUBAI.
Aparentemente estava tudo muito bem, mas nas entranhas…..
Temos que possuir profissionais qualificados, e que sejam nossos olhos, para diagnosticar as novas siglas que aparecem todo dia em nosso meio, como por exemplo, a famosa EBITDA.
Como já destacado, só o ASSOCIATIVISMO pode gerar esta nova concepção.
O bom e velho “fio de bigode” não pode ser esquecido, e se não o tivermos, temos que procurar outos meios.
Abraços.
Parabens. Mais uma vez acertou na mosca ! JY Carfantan
Srs, acrescento mais, tudo que é grande demais é lento, moroso e muitas vezes erra na dose, ou de menos, ou de mais! Somente o tempo poderá nos dizer o que realmente acontecerá (naquele futuro presente).
Tem um monte de achismo, comparativos, etc; mas cada caso é um caso, neste, temos um momento impar em nossa economia, favorecendo as economias de ganho em escalas e até BNDS forçando a barra (ajudando muito).
Outro ditado simples, “ninguém é ninguém sozinho”, com o tempo, todos acharam um caminho, onde os grandes se ajustam, os pequenos se encotram e nós, continuaremos a escrever… sempre sobre alguém (CPF ou CNPJ).
Um abraço.
Miguel, podemos dizer que o gigantismo no abate de bois não é tão prejudicial, mas concorrer com os proprios fornecedores, é no minimo falta de ética, concorrer agora com os varejistas é no minimo desprezar os parceiros, ;
No mecado de roupas por exemplo a um cuidado muito grande com isso, em não montar lojas proprias, tendo sua marca em outras lojas, e quando ocorre há um boicote de retirarem essa marca das lojas.
Devemos nunca vender garrotes para confinamentos de frigorificos, não vender boi gordo para frigorificos que tenham confinamentos, eles que se auto abasteçam! Os varejistas parem de vender carne de frigorificos que tenham vendas diretas ao consumidor.
O NOSSO PODER DE BARGANHA É O MEDO DO GIGANTISMO.
Quero parabenizar a todos que opinaram sobre o assunto muito bem pontuado pelo Senhor Miguel Calvacante.
Alem de tudo o que ja foi dito pelos senhores comentaristas deste belo artigo, existe ainda, aqueles que, achando que estão fazendo um belo negócio, travam com a Industria Frigogífica, o restante dos poucos bois, disponivel no pasto, pois a grande maioria ja se encontra em poder deles (EM CONFINAMENTO OU EM ARRENDAMENTOS PRONTOS PARA ENTRAR EM CONFINAMENTO), inviabilizando assim, todas as possibilidades expeculativas futuras.
Caro Rodrigo Belintani, parabens pelo teu posicionamento, junta-se a isto a não colocação de Boi a TERMO.
Vejo que a possibilidade de implantar um Sistema de Cooperativismo o Associativismo citado pelo Senhor Jasmar Almeida, temas ja bem discutida em outras oportunidades, é de bom agrado. Pois, acho que as Gandes Indutrias ja citadas, não absorveu toda a mão de obra capacitada existente no Brasil. sem desmerecer e sim exaltando sua grande e evidente competencia.
Um abraço
Miguel sua análise foi muito bem conduzida, parabéns!
Me vem a cabeça nesse momento os comentaristas de futebol, com o respeito devido à classe, há os apreciadores de entretenimento do pretérito do futuro : se tivesse feito,,,
Todas as ações do mundo que evoluiram e se mantiveram, tiveram e têm, como preocupação fundamental, a representatividade política – posicionada com seriedade, haja visto as grandes potencias democráticas, mesmo com seus vieses; a perfeição é um estado em construção. Já disse Churchill que a Democracia é o pior sistema político exceto os outros.
Há entre nós alguém que queira lançar uma chapa, com proposta inclusive de remuneração própria, para assumir esse trabalho? Nunca houve um momento tão propício.
A máxima do pipoqueiro de Juiz de Fora vem se mantendo atual mas sofreu algumas infringências. Para os que não à conhecem ai vai: Um pipoqueiro com ponto enfrente ao banco trazia em seu carrinho uma plaquinha com os dizeres
“Aqui em Juiz de Fora, nós não trocamos cheques, mas o gerente do banco também não vende pipoca”.
Deixo meu abraço a Você Miguel aos amigos que se dão ao compromisso de se manterem atualizados e lerem esse portal.
Monopólio é ruim para a economia de qualquer país e qualquer setor. Para isso foram criadas as leis “antitruste”, primeiramene nos EUA, e agora temos o CADE no Brasil. A queetão, é, em que ponto deverá esse instrumento ser acionado, será acionado mesmo – quem o controla? – e se sua ação será eficaz.
Caro Miguel,
em primeiro lugar obrigado por nos manter informados e com larga profundeza , dissecando os labirintos da globalização e suas consequencias.
quando a esta meteorica ascessão do grande grupo da carne, ha algumas nuances que podemos compara-la a peculiar sabedoria indiana. ” diz-se que quando um elefante vem morar proximo a um choupana, o nativo fica feliz, desde a entidade que o belo animal significa. pela segurança: o tigre não sera mais tão beligerante, o seu estrume servira para esterco, e tambem na argamassa das paredes, para combustivel, podera servir da sua força, e trará admiração de muitos e o considerarão ungido pelos deuses, o problema e que quando o animal de milhares de quilos, o maior dos herbivoros morrer todos serão afetados, os mais proximos terão que se mudar e outros poderão ate ter perder suas humildes posses.” o problema é: quem tomara conta da carniça?