Otimizar: o nosso desafio para 2006

Por Louis Pascal de Geer¹

Creio que o verbo otimizar será o lema principal para se pensar e praticar em todos as atividades e processos sem exceções e sem limites de abrangência.

Quem procura e pratica melhoramento continuo não espera para ver o que acontece, mas sabe o que fazer o tempo todo porque está ouvindo e acompanhando o que o cliente quer e mais importante ainda o que o mercado pode querer no futuro.

Nesta época de Natal e Ano Novo é comum que a gente faça uma reflexão sobre o que passou, como demos conta ou não do recado e o que precisamos melhorar.

Onde pisamos na bola como pessoa, empregado, servidor publico, empresário, profissional liberal, político, governo municipal, estadual e federal, e onde acertamos e principalmente como nossas ações afetarem nossos pares, o meio ambiente, o país e o mundo.

Nesta hora as bravatas e colocações gerais devem ficar longe de nós e o mais importante é assumir de vez a responsabilidade integral e pessoal por tudo que fizemos e principalmente por tudo que deixamos de fazer.

Fiquei frustrado em ver uma certa paralisia se instalar nos agronegócios. Pergunto qual foi o papel das câmaras setoriais durante 2005?

Porque não criamos um mercado interno forte para a soja tanto como alimento humano, onde podia fazer parte obrigatória da merenda escolar, como também como parte do bio-diesel; certamente estes ações repercutiriam e muito nos preços aqui e lá fora.

Não é somente a soja que pode contribuir para um mercado interno forte para produtos agrícolas primários e industrializados, e o BNDES devia estar financiando pesquisas neste sentido em vez de ser aval para a compra de indústrias fora do país.

Os Centros Nacionais da Embrapa, ITAL, Adolfo Lutz, Instituto Butantã, as universidades públicas e outras instituições de pesquisas têm a capacidade enorme e potencializada de retornar o dinheiro investido em grandes benefícios para o Brasil.

Nós temos dirigentes para resolver os problemas, ou melhor ainda, para prevenir os problemas e não para simplesmente falar que o ano foi ruim ou culpar a lei de Murphy pelos maus resultados.

Vamos em 2006 começar otimizando os recursos imensos do Brasil e seu povo, os relacionamentos, a administração, a política e ter a coragem de investir pesado na infra-estrutura, pesquisa e educação.

Um Feliz Natal e Ano Novo.

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¹Louis Pascal de Geer atualmente é consultor, trabalhou durante 28 anos para Agropecuária CFM Ltda, se aposentando como vice-presidente da empresa