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Outono com chuvas dentro da normalidade da estação

O outono, iniciado em março e que vai até 21 de junho, será marcado por gradativo enfraquecimento do fenômeno La Niña (conhecido pela baixa temperatura das águas do Pacífico) e sua substituição por condições de neutralidade, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Há previsão de que outros fatores, entretanto, como a temperatura na superfície do oceano Atlântico Tropical e na área oceânica próxima à costa do Uruguai e da região Sul, influenciem o regime de chuvas no país. Mas, de maneira geral, é esperado que as precipitações em todas as regiões ocorram dentro na normalidade da estação.
Relatório do instituto ressalta que “tivemos um verão com temperaturas mais amenas no Centro-Sul, registro de geadas em janeiro, fevereiro e março, na serra gaúcha e no planalto de Santa Catarina, incomuns para a época do ano”.

O clima nesta estação é marcado pela redução das chuvas no Sudeste, Centro-Oeste e sul da região Norte. Caracteriza-se também por massas de ar frio, oriundas do sul, que provocam o declínio das temperaturas. Na parte norte das regiões Nordeste e Norte ainda é época de muita chuva, especialmente persistindo a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mais ao sul.

Observam-se ainda as primeiras formações de nevoeiros nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; geada no Sul, Sudeste e no Mato Grosso do Sul; neve em áreas serranas e nos planaltos da região Sul; e friagem no sul da região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e até no sul de Goiás.

Centro-Oeste

No Centro-Oeste, há alta probabilidade de chuvas ocorrerem de normal a abaixo da média em grande parte da região. Neste período, mais exatamente em maio, inicia-se o período seco da região. Há possibilidade, entretanto, de chuvas fracas, principalmente em áreas do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.

Durante o verão, houve episódios bem configurados de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que foram consistentes com a predominância de precipitação acima da média histórica na região Centro-Oeste, principalmente no Mato Grosso e parte sul do Mato Grosso do Sul, onde as chuvas foram responsáveis pela ocorrência de grande cheia no Pantanal. No Distrito Federal, a estação chuvosa tem ajudado os reservatórios a recuperar o volume perdido com a crise hídrica.

Norte

As chuvas na região Norte devem permanecer de normal a acima da média, principalmente, no noroeste do Amazonas e Roraima e sudoeste do Pará. Nas demais áreas, as precipitações ocorrerão de normal a abaixo da média climatológica. Háa possibilidade dos primeiros episódios de friagem no sudoeste da região Norte, devido à entrada de massas ar de origem polar.

A região teve um verão bem chuvoso, principalmente no centro-sul do Amazonas, parte sul e nordeste do Pará e leste do Tocantins. E os níveis dos rios Solimões e Negro encontram-se em cotas regulares para a época.

Nordeste

A previsão do Inmet indica chuvas de normal a abaixo da média em grande parte da região Nordeste. A diminuição da temperatura das águas próximas à costa nordestina podem diminuir as chances de chuvas até o fim do outono. Porém, em média, no leste do Nordeste existe aumento gradativo das chuvas entre as estações de outono e inverno.

Durante os primeiros meses do ano, as chuvas sobre a costa norte e leste da região foram acima da média. Os maiores volumes de chuva foram observados em fevereiro sobre o Maranhão. No semiárido, após seis anos seguidos de seca, as chuvas voltaram e estão sendo suficientes para melhorar as condições do solo e contribuir para o escoamento dos rios.

Sudeste

Devem permanecer áreas com chuvas dentro da faixa normal ou ligeiramente abaixo nesta estação. É esperado que massas de ar frio passem com maior frequência pela região Sudeste a partir de maio, diminuindo as temperaturas durante a estação, principalmente no sul de Minas Gerais e em São Paulo.

A predominância da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) proporcionou volumes de chuva significativos em praticamente toda a região Sudeste, exceto na parte central de São Paulo. Segundo o histórico do Inmet, a capital paulista registrou o quinto verão mais seco, desde 1961.

Sul

O prognóstico climático indica chuvas próximas da média na maior parte da região Sul, exceto no nordeste do Paraná. De acordo com o Inmet, caso o aquecimento da área oceânica próximo à costa do Rio Grande do Sul persista, criam-se condições favoráveis para instabilidade atmosférica e consequente precipitação no estado. Quanto à temperatura, tende a declinar à medida em que se aproxima o inverno, aumentando a incidência de geadas, principalmente em áreas serranas.

Os meses de verão apresentaram chuvas com características típicas da influência do fenômeno La Niña, com bastante irregularidade e baixa precipitação, principalmente no Rio Grande do Sul, onde foram registrados volumes inferiores a 400 mm, acumulados entre dezembro e fevereiro. Em grande parte do Paraná e Santa Catarina, os totais de chuva excederam a média, devido à passagem de sistemas frontais e a convergência de umidade em baixos níveis.

Relatório disponível no site do Inmet

Fonte: Mapa.

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