Se for confirmado o uso de proteína animal na ração fornecida ao gado de uma fazenda localizada em Castanhal/PA, todos os animais serão sacrificados, garante a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará). A fazenda foi interditada na última sexta-feira (19), durante uma operação realizada pela Adepará e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Se for confirmado o uso de proteína animal na ração fornecida ao gado de uma fazenda localizada em Castanhal/PA, todos os animais serão sacrificados, garante a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará). A fazenda foi interditada na última sexta-feira (19), durante uma operação realizada pela Adepará e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A operação visa combater o fornecimento de alimentação com proteína e gordura de origem animal a ruminantes, o que pode provocar doenças neurodegenerativas, fatais e difíceis de serem detectadas. Desse grupo de doenças uma das mais conhecidas é a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), chamada de doença da “vaca louca”.
Mesmo não apresentando sintomas de doenças neurodegenerativas, o abate dos animais é essencial para evitar qualquer tipo de risco à população, conforme determina a lei.
As equipes do Mapa e da Adepará encontraram no cocho, onde 53 bezerros se alimentavam, a presença de material que pode ser “cama de aviário”, proibida para a alimentação de bovinos por conter proteínas e gorduras de animais.
A “cama de aviário” é formada por material utilizado para forrar o piso do criadouro de aves, e pode conter palha de arroz, feno, sabugo de milho triturado ou serragem, misturado a fezes, urina, restos de ração e penas. Como no Brasil é permitido alimentar as aves com ração contendo farinha de carne e ossos, parte desta ração pode cair na “cama de aviário”.
O controle na alimentação do gado é determinado pela Instrução Normativa nº 08/2004, do Mapa, que proíbe em todo o território nacional a produção, comercialização e utilização de produtos destinados à alimentação de ruminantes que contenham em sua composição proteínas e gorduras de origem animal.
O Brasil é livre da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) porque mantém constante controle sobre a doença, interna e externamente, fiscalizando a importação de animais e rações. O país busca o reconhecimento internacional de “risco inexistente” da doença.
A operação conjunta, que localizou a irregularidade, é parte do programa de controle e fiscalização dos alimentos destinados a ruminantes nos seus locais de criação, baseado na Instrução Normativa nº 41/2009/Mapa, que também determina o destino dos animais que tiveram acesso a alimentos compostos por subprodutos de origem animal.
Com base na Instrução Normativa, a propriedade foi interditada e os animais identificados. Amostras da ração usada na alimentação foram coletadas e enviadas ao laboratório do Ministério, onde serão analisadas.
As informações são da Adepará, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.