A Secretaria de Agricultura e o Ministério Público Estadual do Pará acertaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) na tentativa de se chegar a uma solução para os embarques dos animais no prazo de 180 dias. A possibilidade de transferência dos animais para outro porto está sendo estudada.
A reclamação dos populares sobre o mal cheiro dos animais nas imediações do porto de Belém (PA) já deu os primeiros resultados. A Secretaria de Agricultura e o Ministério Público Estadual do Pará acertaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) na tentativa de se chegar a uma solução para os embarques dos animais no prazo de 180 dias. A possibilidade de transferência dos animais para outro porto está sendo estudada.
Bem na região central da capital paraense, onde estão muitos dos pontos turísticos, o porto tradicionalmente movimentava madeira e contêineres. O boi chegou em 2005, quando foram embarcadas 20 mil toneladas de bois para o Líbano. Para este ano espera-se chegar a 70 mil toneladas.
O administrador do porto, Evandro Oliveira de Medeiros, vê a transferência dos embarques como uma possibilidade real, mas não vê solução com a mudança. “Estamos falando do quarto maior rebanho de bovinos do país e de um investimento de R$ 20 milhões na estrutura de recebimento dos bois em Belém. A opção seria transferí-los para Outeiro, mas ali também haverá problemas com a comunidade e com infra-estrutura de acesso terrestre”, destacou.
O terminal portuário de Outeiro fica a 38 quilômetros da capital e tem o dobro do calado do porto de Belém – 14 metros. Desde 2003, a Companhia Docas do Pará investe cerca de R$ 2 milhões na reativação e no alfandegamento do terminal.
As informações são de Bettina Barros, para o jornal Valor Econômico.