Os produtores de carne bovina do País de Gales fizeram novos pedidos por uma barreira imediata e total às importações de carne bovina do Brasil. Segundo o site MeatNews.com, os produtores estão preocupados porque o Brasil está em meio a uma campanha massiva de vacinação contra a febre aftosa.
Os produtores de carne bovina do País de Gales fizeram novos pedidos por uma barreira imediata e total às importações de carne bovina do Brasil. Segundo o site MeatNews.com, os produtores estão preocupados porque o Brasil está em meio a uma campanha massiva de vacinação contra a febre aftosa.
“É inacreditável que uma barreira total à carne bovina brasileira ainda não esteja em prática”, disse o vice-presidente da Farmers’ Union of Wales (FUW), Eifion Huws. “No ano passado, o Brasil exportou 333.000 toneladas de carne bovina à União Européia (UE) e nos primeiros dois meses deste ano o Reino Unido importou 4.951 toneladas do Brasil, o que sugere que, no ano todo, as importações totais serão de cerca de 30.000 toneladas”.
A FUW disse que a escala massiva do programa de vacinação do Brasil confirma os alertas feitos no mês passado pelo Ministério da Agricultura do país de que o problema da febre aftosa é mais sério do que o Governo pensava, disse Huws. As autoridades de saúde animal do Brasil já disseram que a UE imporá uma barreira total às importações de carne bovina no final do ano a menos que os padrões de bem-estar, rastreabilidade e testes de resíduos estejam adequados com os da Europa.
Uma missão da UE no Brasil em março reportou que, embora alguns progressos tenham sido feitos desde a inspeção anterior, ainda existem várias preocupações, especialmente na saúde animal e no controle e uso de vacinas.
Nos últimos anos, a FUW consistentemente demandou uma barreira total às importações de carne bovina do Brasil e a última situação confirma nossos medos. Essa barreira está atrasada há muito tempo.
A FUW disse que a expectativa era que a barreira às importações dos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, imposta desde outubro de 2005, resultasse em um importante declínio no comércio com a UE, mas isso não ocorreu, com uma queda de somente 5% em 2006.