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País terá programa de rastreabilidade em 2002

Ainda este ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera iniciar o credenciamento dos certificadores habilitados ao programa nacional de rastreabilidade bovina. O projeto somente estará em pleno funcionamento junto às propriedades em agosto de 2002. Ontem, em Brasília, uma reunião entre ministério, Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) definiu que será solicitado à União Européia (EU) ampliação do prazo para implementação total das medidas. Os importadores tinham estabelecido 1o de janeiro como limite.

Informações detalhadas sobre a origem dos animais a serem abatidos são exigência da UE, que compra do Brasil US$ 500 milhões em carne bovina. O grupo discutiu as regras básicas do modelo brasileiro de rastreabilidade. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Rui Vargas, explicou que, até o início do próximo ano, o país precisa ter um sistema capaz de garantir aos europeus como o animal foi criado e detalhes sobre o manejo, dando mais eficiência ao controle que já existe. Hoje, a guia federal é preenchida pelos órgãos sanitários dos Estados.

A rastreabilidade não será obrigatória. O método ficará por conta do produtor. Segundo o presidente do Fórum de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira de Barros, o pecuarista poderá optar por brinco, chip e marca a ferro.

Vargas acrescenta que poderão entrar como certificadoras organizações que se enquadrem nos critérios do ministério. Os detalhes desses critérios ainda precisam ser definidos. O diretor da Abiec, Ênio Marques, defende que sejam entidades independentes. A CNA não abre mão de que sindicatos possam atuar. Vargas adianta que, em princípio, mesmo associações de raça poderão ser certificadoras, desde que tenham estrutura para atuar junto às propriedades.

Fonte: Zero Hora, RS (por Carolina Bahia), adaptado por Equipe BeefPoint

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