O Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) comunicou ontem (31) ao Brasil a confirmação de dois casos da doença em animais da Estância São Francisco, no Departamento de Canindeyu, na fronteira com o Mato Grosso do Sul. “Diante disso, estamos reforçando e ampliando a fiscalização na fronteira daquele estado e também do Paraná com o país vizinho”, disse o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcus Vinicius Pratini de Moraes.
Para o diretor do Departamento de Defesa Animal do Mapa, é fundamental que a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul (Iagro) instale o maior número possível de barreiras de desinfecção de veículos em toda a fronteira, além do reforço no controle ao trânsito de animais com o apoio das Forças Armadas.
Desde o final do mês passado havia a suspeita de focos da doença no rebanho do Paraguai. Como medida preventiva, o Brasil fechou as fronteiras com o Paraguai, para impedir o trânsito de animais (bovinos, suínos, caprinos e bubalinos), seus produtos e subprodutos. Agora, o Panaftosa, órgão da Organização Panamericana de Saúde (Opas), comunicou ao Ministério da Agricultura que foi positivo o teste de aftosa feito em dois animais da Fazenda São Francisco.
“O Brasil vai ajudar o Paraguai a erradicar a doença”, afirmou o ministro. Segundo ele, o governo brasileiro deve oferecer apoio técnico e pessoal para atuar em campanhas de vacinação e detecção da doença naquele país.
De acordo com o ministro, o governo paraguaio deve agora informar a Organização Internacional de Epizootias (OIE) sobre o surgimento dos dois casos de aftosa e seguir as normas recomendadas pelo Código Zoosanitário.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Correio do Estado/MS (por Maurício Hugo), adaptado por Equipe BeefPoint