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Panorama de mercado – 29/04/03

De acordo com o analista Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria, os preços do boi vêm passando por uma pressão de baixa causada, basicamente, pelo mercado interno e pelo recuo do dólar, que tem diminuído a margem dos exportadores. O desemprego, que em fevereiro registrou índice de 19,1%, é apontado como o maior responsável pelo baixo consumo de carne no país. Além disso, a renda média do brasileiro vem caindo. “Está havendo uma defasagem muito grande e isso acaba enfraquecendo o consumo”.

Apesar disso, quando o dólar estava alto, essa defasagem no mercado interno tinha menor impacto sobre os exportadores, que estavam com uma maior margem na carne exportada. “Mas agora que o dólar deu essa recuada, houve uma redução desta margem”, afirma Tito Rosa. Segundo ele, a arroba brasileira já é a mais cara da América do Sul, próxima à arroba argentina. No começo do ano, com o boi a R$ 59 a arroba, o valor em dólar estava entre US$ 15 e US$ 16. Hoje a arroba está R$ 55 e US$ 18,50.

Outro fator que pode influenciar nos preços é a chegada do fim da safra, o que contribui para aumentar a oferta. O pecuarista começa a negociar o boi para não pegar o pasto seco, aumentando a oferta de boi no mercado. Isto somado à queda do dólar e ao baixo consumo pode reduzir o preço do boi. De acordo com Tito Rosa, o principal fator que pode segurar isso, por enquanto, é a diminuição da oferta por parte do pecuarista.

Fonte: Thais de Alckmin Lisbôa, para o BeefPoint

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