O Paquistão foi declarado “provisoriamente livre” de febre aftosa, segundo anunciado na semana passada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
Para que um país seja declarado como livre provisoriamente de febre aftosa, este deve provar que não houve nenhum foco da doença nos últimos dois anos, que as campanhas de vacinação foram terminadas e que conta com um sistema de vigilância, segundo as regras estabelecidas pela Organização Internacional de Epizootias (OIE), em Paris.
Os últimos casos de febre aftosa registrados no Paquistão foram detectados em 2000, em um rebanho de búfalos próximo a Karachi, segundo a FAO.
“Há três anos, a liberação da febre aftosa ao Paquistão era uma ilusão”, disse o secretário do Programa de Erradicação Mundial de Febre Aftosa da FAO, Peter Roeder. “Nos recentes transportes de búfalos e cabeças de gado do Paquistão ao Afeganistão, além daqueles destinados ao comércio com o Irã, não havia sinais de aftosa. Isto reforça a convicção de que, atualmente, o Paquistão está livre da doença”.
Erradicação em todo o mundo para o ano de 2010
“Após o êxito de Paquistão, agora estamos cada vez mais convencidos de que a Ásia inteira está livre de febre aftosa pela primeira vez na história. Este êxito supõe um passo a mais para o Programa Global de Erradicação de Pestes Bovinas (GREP) em direção ao objetivo de erradicação da febre aftosa em 2010”, disse Roeder.
“Agora, o desafio para o GREP na Ásia é ajudar a todos os países a se livrarem da febre aftosa e estarem aptos para lidar com as emergências. Necessitam também controlar a situação para demonstrar que, finalmente, estão completamente livres da enfermidade”.
“Todavia, o Paquistão tem muito a fazer para conseguir o status final de ausência de febre aftosa. Os serviços veterinários do país continuarão precisando de ajuda por parte da FAO e da União Européia (UE) para conseguir este objetivo”.
Novas oportunidades para a exportação do gado
“Agora que a febre aftosa desapareceu, o Paquistão poderá exportar mais gado. Isto contribuirá para aumentar o rendimento e a segurança alimentar nas áreas rurais, contribuindo também com a redução da pobreza”.
O comércio de gado representa cerca de 12% das divisas estrangeiras para o Paquistão. Nas regiões que dependem do gado para carne, produtos lácteos ou animais de caça, a febre aftosa vem provocando a difusão da fome e tem causado graves danos econômicos e sociais.
Em meados dos anos noventa, um foco de febre aftosa arrasou a região norte do Paquistão. A enfermidade atingiu depois as granjas leiteiras da região de Karachi e as áreas remotas do sul do Paquistão.
Com base nisso, foi dado início ao programa de erradicação da febre aftosa no Paquistão em 1995, com a ajuda da FAO. A UE financiou a FAO com 1,8 milhões de Euros para que prosseguissem os esforços de erradicação da febre aftosa.
Por outro lado, a UE está prestes a lançar um projeto de desenvolvimento da pecuária, financiado com vários milhões de Euros, em ajuda à produção pecuária e aos serviços veterinários do país, assegurando assim a continuidade do trabalho por pelo menos seis anos.
Fonte: Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), publicado em E-campo, adaptado por Equipe BeefPoint
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Esta noticia é a maior piada.
E ao mesmo tempo, é a mais pura POLITICA DE EXPORTAÇÕES DE CARNES DE SUCESSO.
Os GRINGOS querem impor vários conceitos nas regiões maiores produtoras de gado do mundo como é o Brasil e ao mesmo tempo patrocinar povos terroristas e guerrilheiros.