Cientistas argentinos asseguraram que as mudanças na dieta dos bovinos, que cada vez passam mais tempo em confinamento, pode afetar o sabor da carne bovina, deixando-a com gosto de carne suína. Trata-se de uma mudança no sabor que já é detectada pelos consumidores.
Cientistas argentinos asseguraram que as mudanças na dieta dos bovinos, que cada vez passam mais tempo em confinamento, pode afetar o sabor da carne bovina, deixando-o com gosto de suíno.
Trata-se de uma mudança no sabor que já é detectada pelos consumidores. “Ela está associada com a transformação registrada nos sistemas de engorda”, indicaram especialistas do Instituto Nacional de tecnologia Agropecuária (INTA) da Argentina na quinta-feira.
Enrique Pavan, um pesquisador do Instituto, explicou que houve um aumento no número de bovinos engordados a base de alimentos industrializados, como alguns derivados de sementes oleaginosas. Elas podem afetar o sabor da carne, informa ele.
Segundo o especialista, este tipo de dieta com alta composição de ácidos graxos contrasta com a das pastagens, que por anos foi a principal fonte de alimentação dos animais na Argentina, país que fez fama pela qualidade e o sabor de suas carnes.
Segundo o INTA, como consequência da introdução e extensão deste tipo de práticas alimentícias na bovinocultura, a composição de ácidos graxos de bovinos e suínos ficou parecida. “Na medida em que a proporção de óleos ou oleaginosas aumenta na dieta dos bovinos, a composição de ácidos graxos da carne bovina se assemelhará cada vez mais à do suíno e, em consequência, seu sabor também será mais parecido”, explicou Pavan.
As informações são da Agência EFE, publicadas na Folha Online, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.