O superintendente técnico da CNA, Ricardo Cotta, declarou que a entidade vai avaliar detalhadamente o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) antes de emitir uma nota técnica sobre o assunto. No entanto, em uma primeira análise, Cotta considerou satisfatórias as propostas anunciadas para a infra-estrutura, mas afirmou que as demandas específicas da agropecuária foram deixadas em segundo plano.
O superintendente técnico da CNA, Ricardo Cotta, declarou que a entidade vai avaliar detalhadamente o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) antes de emitir uma nota técnica sobre o assunto. No entanto, em uma primeira análise, Cotta considerou satisfatórias as propostas anunciadas para a infra-estrutura, mas afirmou que as demandas específicas da agropecuária foram deixadas em segundo plano.
Ele também criticou o fato de o governo não ter apresentado nenhuma medida de desoneração do preço do óleo diesel. Cotta disse que a CNA esperava que o governo privilegiasse o produtor com políticas que diminuíssem os custos com transporte. “A falta de uma medida de redução direta no preço do produto vai manter um gargalo muito grande, que vai continuar onerando os custos do produtor. Nós preferíamos uma ação que tivesse impacto direto nos custos, ao invés do investimento da Petrobras em construção de navios petroleiros,” defendeu.
Com a compilação de seus pleitos entregue à Presidência da República no início do mandato, através da Agenda Propositiva da CNA, observa-se que muito pouco foi incorporado às medidas anunciadas, a não ser de maneira indireta.
O ponto de destaque para o setor foi o anúncio de uma série de investimentos em rodovias, ferrovias e hidrovias que, se efetivamente saírem do papel, causarão impacto positivo na redução dos custos de produção, gerando recuperação da competitividade.
Porém, os grandes números apresentados foram inflados contendo basicamente investimentos já previstos pelas estatais e até os que já estão em andamento e executadas pelo setor privado como as 77 usinas de açúcar e álcool em construção e as 46 usinas de biodiesel.
Assim, do total anunciado de investimentos (R$ 503,9 bilhões) 54% são investimentos em energia e, somente a Petrobrás se compromete a investir quase R$ 150 bilhões deste montante. É importante destacar que, como impacto para o setor agropecuário, teria muito mais efeito se esta estatal repassasse a redução observada nos preços do barril de petróleo dos últimos seis meses para seus derivados nas bombas.
As informações são da CNA.