Na avaliação da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2007/2008, anunciado ontem pelo governo, é insuficiente para amenizar a crise de rentabilidade vivida pelo setor agropecuário nos últimos três anos. Para a entidade, o plano traz poucos avanços e praticamente repete os mesmos programas.
Na avaliação da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2007/2008, anunciado ontem pelo governo, é insuficiente para amenizar a crise de rentabilidade vivida pelo setor agropecuário nos últimos três anos. Para a entidade, o plano traz poucos avanços e praticamente repete os mesmos programas.
Segundo análise da CNA, a queda de 22,85% na taxa de juros dos financiamentos agrícolas, que reduziu de 8,75% para 6,75%, representa apenas 50% da variação das taxas de juros Selic e TJLP, ocorrida nos últimos anos. “O setor produtivo apresentou proposta pela redução de taxas de juros para 4,5%, pois no mesmo período as taxas controladas ficaram fixas em 8,75%”, explicou. Para o setor produtivo, a redução das taxas de juros dos financiamentos agrícolas deveria seguir o mesmo movimento das taxas de juros Selic e TJLP, que tiveram quedas subseqüentes.
Outro ponto considerado fundamental pelo setor produtivo é o aumento de recursos oficiais. Na proposta apresentada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foram solicitados R$ 90 bilhões, com um aumento de 80% em relação ao Plano Agrícola anterior, quando foram alocados R$ 50 bilhões, contando recursos de exigibilidades bancárias e programas de investimento, desde que sejam flexibilizados os limites e garantias bancárias. No entanto, o governo não apresentou maiores modificações. “O aumento apresentado para R$ 58 bilhões nada mais é do que o crescimento inercial dos depósitos à vista, adicionado ao montante que restou do período anterior”, afirmou Cotta.
As informações são da Agência CNA.