A Marfrig planeja retomar o seu projeto de abrir o capital de sua subsidiária americana, a Keystone Foods. A operação tem o objetivo de acelerar a expansão do negócio e reduzir o endividamento do grupo. A decisão será debatida pelos acionistas da companhia e, se aprovada, começará a ser colocada em prática nos próximos meses. A expectativa é abrir entre 25% e 30% do capital da companhia – antigo projeto do grupo que não foi levado adiante.
Eduardo Miron, principal executivo financeiro (CFO) da Marfrig e da subsidiária Keystone, afirmou que o grupo dará início a um novo ciclo estratégico para os próximos cinco anos, que incluirá como alternativa a abertura de capital da subsidiária americana, que hoje responde por cerca de 50% da receita do grupo. “Uma outra opção seria a entrada de um investidor minoritário”, disse.
Com uma dívida de US$ 3,6 bilhões (R$ 11,58 bilhões) no terceiro trimestre de 2016, a companhia registrou receita líquida de R$ 14 bilhões entre janeiro e setembro de 2016. A relação dívida/Ebtida está em 3,4 vezes – a meta é baixar esse índice para 2,5 vezes em 2018.
A Keystone arrecada 70% de sua receita nos EUA. Os outros 30% vêm de países da região Ásia Pacífico. “As ações da Marfrig não refletem o valor da Keystone. A Keystone é o caminho para criar valor à Marfrig, mantendo a rigidez financeira.”
O grupo ainda não contratou um banco para dar início a esse processo de abertura de capital na bolsa americana. Também não existe prazo para a operação ser realizada.
Fonte: Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.