Os produtores rurais do Pará participaram nesta semana de uma audiência com o governador do Estado, Almir Gabriel, na sede do Centro Integrado de Governo. Um dos assuntos que dominou a pauta foi a febre aftosa, doença que, segundo os pecuaristas, provoca prejuízos que chegam a R$ 360 milhões por ano.
Foi entregue ao governador um documento que mostra que o rebanho do Pará superava, em maio deste ano, 9,8 milhões de cabeças de gado (sem contar as regiões do Baixo Amazonas e Marajó). Em novembro, já eram 14 milhões de cabeças. A taxa de abate (percentual de animais que podem ser usados para corte) está em 21,5%, acima da média nacional, que é de 20,22%.
Apesar desses bons números, o Pará ainda precisa vencer a febre aftosa, que impede as exportações e reduz o preço do gado paraense. A defasagem por arroba estaria em R$ 10, em relação aos preços de São Paulo, o que daria os R$ 360 milhões de perdas.
Por isso, os pecuaristas pediram pressa na criação da agência de defesa animal. O governador prometeu que, até março do ano que vem, o órgão que vai cuidar do combate à doença, mas também terá atuação no combate a pragas e doenças vegetais, estará funcionando. O projeto de lei já está ponto, mas falta a análise dos técnicos da Secretaria Especial de Produção.
Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint