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Paraguai diz ter melhor serviço sanitário que o Brasil

Em entrevista ao jornal ABC Color, o presidente da Comissão de Saúde Animal do setor rural no Paraguai, Fernando Perondi, disse que o programa sanitário implementado no Paraguai, dentro de um trabalho com junto com o Serviço Nacional de Saúde Animal (Senacsa) é muito superior aos do Uruguai e do Brasil. Segundo ele, o sistema é similar ao argentino e consiste em realizar operações de fiscalização pelo setor privado, para dar mais garantias às campanhas de imunização. No Paraguai são 1.800 pessoas que apóiam o setor público nas vacinações.

Outra estratégia do governo paraguaio é a informatização do Senacsa, na qual já teriam sido investidos US$ 300 mil. Sobre a confirmação definitiva sobre febre aftosa Perondi disse: “não posso dizer que não ou que sim, mas que fazermos o possível para que não haja”, despistou.

Autoridades sanitárias do Paraguai, que está sob suspeita de dois focos de febre aftosa, reiteram que o que acometeu seus animais foi a rinotraqueíte infecciosa bovina, mas até o momento não apresentaram o diagnóstico que o Brasil quer: negativo para aftosa. Por isso 15 barreiras do Exército foram montadas na fronteira, no Mato Grosso do Sul, para prevenir a entrada de animais paraguaios.

O delegado federal de Agricultura de Mato Grosso do Sul, José Antônio Roldão, disse que o sistema de defesa sanitária animal brasileiro é infinitamente superior ao do Paraguai, em resposta a afirmação de Perondi. “Esses acordos com a iniciativa privada começamos desde 1991, constituindo fundos amparados por lei e não assisti a nada comparado a isso no Paraguai”, diz o delegado.

Além disso, afirma, o Paraguai ainda é dependente de vacinas importadas da Argentina enquanto o Brasil tem produção em laboratórios próprios.

Roldão reconhece que há um plano de ação bem-feito na fronteira com a Argentina, onde animais não identificados por marcas ou brincos que possam remeter à respectiva origem são imediatamente encaminhados ao abate sanitário. “Mas somos superiores em todos ambientes de investimento e tecnologia”, arremata.

Fonte: Campo Grande News (por Fernanda Mathias), adaptado por Equipe BeefPoint

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