Autoridades e representantes do setor privado do Paraguai se reuniram nesta semana para elaborar um cronograma de trabalho com o objetivo de fazer um novo pedido de auditoria à União Européia (UE), que permitirá que o Paraguai recupere a ansiada cota Hilton de exportação de carne. O ministro da Agricultura e Pecuária do Paraguai, Antonio Ibáñez, realizou uma extensa reunião com demais instituições públicas do setor pecuário e representantes da Câmara Paraguaia de Carne.
“O objetivo é a recuperação da cota Hilton e isso tem que envolver a Câmara Paraguaia de Carne, fundamentalmente, que é responsável pelo manejo dos frigoríficos e um ponto muito importante neste caso”, disse Ibáñez. Ele disse que posteriormente vai trabalhar com os produtores de carne para considerar o cronograma de trabalho que será feito com o objetivo de solicitar uma nova auditoria da UE para a re-habilitação do mercado europeu à carne paraguaia.
Quando questionado se há prazos estabelecidos, Ibáñez disse que existem os prazos do plano de trabalho. “Existem muitos pontos que devem ser trabalhados. Em primeiro lugar, é necessário institucionalizar a unificação dos serviços veterinários. Temos que capacitar todas as pessoas envolvidas no novo serviço e fazer alguns estudos soro-epidemiológicos de espécies diferentes, como ovinos, caprinos, suínos e animais silvestres, para garantir o status sanitário de nosso país”.
“Por outro lado, temos que iniciar seriamente nosso programa de rastreabilidade, para o qual já temos o decreto e estamos trabalhando na regulamentação do mesmo. Certamente em meados deste ano já vamos estar implementando um plano piloto sobre um número determinado de produtores para ir direcionando nosso estudo de rastreabilidade”.
Com todos esses processos o Paraguai estará em condições de solicitar a auditoria. A presidente da Câmara Paraguaia de Carne, Marys Llorens, concordou que é importante que a auditoria da UE seja feita após o país ter cumprido com todos os requisitos exigidos.
“O setor privado precisa apoiar de todas as formas que puder, inclusive, financeiramente, ou com trabalhos nas fábricas ou no campo. É necessário cumprir com todos os pontos que a UE pediu para mostrar depois, quando a missão vier, que tudo o que foi exigido foi cumprido”, disse ela.
Fonte: Diario ABC Color y ABC Color Digital, adaptado por Equipe BeefPoint