Paraguai impede coleta para exames no Brasil

A fronteira do Brasil com o Paraguai continua fechada. Desta vez o motivo para manutenção da medida foi o impedimento pelo governo paraguaio que a equipe de técnicos do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) e de veterinários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizasse a coleta de material dos animais com suspeita de aftosa no município de Corpus Christi. O objetivo era fazer novos exames no Brasil para confirmar qual enfermidade acometeu o gado do País vizinho.

O Mapa, cumprindo determinação do Código de Defesa Sanitária, já comunicou ao Itamaraty, à embaixada brasileira no Paraguai e ao comitê de medidas sanitárias e fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio (OMC) as razões que determinaram a continuidade do fechamento da fronteira entre os dois países.

O secretário de Defesa Agropecuária, Luiz Carlos de Oliveira, disse ainda que o ministério está avaliando se solicita ou não uma reunião dos países que integram a Bacia do Prata (Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil) para tentar uma solução para o impasse. “A falta de transparência do Paraguai já causou prejuízos enormes a Mato Grosso do Sul há um ano e meio, quando eles negaram a incidência de aftosa e depois foi constatada a atividade viral”, observou.

A fronteira entre o Paraguai e o Brasil (Mato Grosso do Sul e Paraná) foi fechada no último dia 23, quando surgiu a suspeita de aftosa em Corpus Christi.

Fonte: O Estado de São Paulo (por Gecy Belmonte), adaptado por Equipe BeefPoint