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Paraguai: pecuarista é sequestrado por guerrilheiros

Na fronteira com Ponta Porã vem crescendo um movimento armado que lembra às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Farc em seu começo. Trata-se do Exército do Povo Paraguaio (EPP), que esta semana deu demonstrações de que pode ser um perigo à estabilidade política no país vizinho, com o seqüestro do pecuarista Fidel Zavala Serrati, 45, dono de uma fazenda em Paso Barreto, a 450 quilômetros de Assunção. Fidel Zavala foi presidente da Asociación Paraguaya de Criadores de Nelore e uma pessoa de forte influência entre os pecuaristas paraguayos e vem de uma família com ampla tradição no meio rural. O crime ocorreu em uma região com grande presença de pecuaristas brasileiros.

Na fronteira com Ponta Porã vem crescendo um movimento armado que lembra às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Farc em seu começo. Trata-se do Exército do Povo Paraguaio (EPP), que esta semana deu demonstrações de que pode ser um perigo à estabilidade política no país vizinho, com o seqüestro do pecuarista Fidel Zavala Serrati, 45, dono de uma fazenda em Paso Barreto, a 450 quilômetros de Assunção.

Eles pedem como resgate o valor de US$ 5 milhões, dinheiro que seria utilizado para financiar o grupo com compras de armas, por exemplo. Além do Estado de Amambay, eles atuam pelo sul no Estado de San Pedro e ao norte por Concepción.

Segundo empregados da fazenda, o seqüestro de Serrati foi realizado por um grupo de dez e 14 pessoas fortemente armadas, em Concepción. O veículo foi abandonado poucos quilômetros adiante com explosivos instalados em seu interior. As bombas estouraram quando dois policiais tentavam abrir a porta da caminhonete. Ambos sofreram ferimentos graves.

O EPP se auto-denomina “marxista-leninista” e opera nos três Estados paraguaios citados no começo da matéria. Documentos capturados por forças armadas paraguaias em Horqueta, Estado de Concepción, dão conta que o grupo surgiu em 1° de março com 60 membros.

A data foi escolhida a dedo pelos líderes do movimento, porque é o dia em que se relembra a morte de Solano López, ditador paraguaio da Guerra do Paraguai, assassinado por brasileiros, e que é um dos “inspiradores” do EPP.

O grupo se diz contrário ao governo de Fernando Lugo, que é de esquerda. Para o grupo ele não é de esquerda coisa nenhuma e representa a oligarquia rural do Paraguai.

Com o seqüestro do fazendeiro Fidel Zavala Serrati, o presidente paraguaio Fernando Lugo cancelou a reunião que teria com Evo Morales da Bolívia para tratar de temas como a compra de armas que o governo boliviano vem promovendo. O porta-voz da presidência, Augusto dos Santos, afirmou que o mandatário desistiu da viagem porque quer acompanhar de perto o desfecho do seqüestro.

O ministro do Interior, Rafael Filizzola, confirmou que a ação foi realizada pelo EPP. Ele afirmou, contudo, que se trata de um grupo criminoso comum, não terrorista, uma vez que o governo não leva o grupo à sério.

Fidel Zavala foi presidente da Asociación Paraguaya de Criadores de Nelore e uma pessoa de forte influência entre os pecuaristas paraguayos e vem de uma família com ampla tradição no meio rural. O crime ocorreu em uma região com grande presença de pecuaristas brasileiros.

As informações são do Dourados News, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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