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Paraguai: setor precisa ser mais competitivo

A carne paraguaia terá que competir mais a nível internacional agora que estão entrando novos participantes nos mercados mais importantes do país, como Rússia e Chile, disse o presidente da Câmara de Carne da Associação Rural do Paraguai, Carlos Pereira.

A carne paraguaia terá que competir mais a nível internacional agora que estão entrando novos participantes nos mercados mais importantes do país, como Rússia e Chile, disse o presidente da Câmara de Carne da Associação Rural do Paraguai, Carlos Pereira.

Os frigoríficos paraguaios tiveram que reduzir drasticamente o abate de animais devido à redução das vendas de carne no exterior. No entanto, acreditam que se recuperarão.

“De acordo com o que sabemos sobre o tema da carne a nível mundial, mantém-se – o valor -, mas o que está ocorrendo é que de repente a demanda está mudando pela entrada de novos atores em diferentes mercados”, disse Pereira.

Ele disse que a entrada de novos participantes, como Argentina, que começa a voltar ao mercado internacional, e do Brasil, que começa a entrar no Chile de novo, além de Austrália e Estados Unidos, que também estão competindo no Chile, dificulta a situação para o Paraguai.

Pereira disse que o maior impacto é para os frigoríficos, que já tinham planos e fizeram investimentos de expansão, e que esse cenário pode afetar seu movimento comercial. Pelo menos quatro indústrias frigoríficas paraguaias já solicitaram a suspensão ou redução de suas jornadas de trabalho devido à drástica redução dos abates de animais como conseqüência da baixa nas exportações.

Apesar de neste ano o Paraguai ter conseguido superar seu recorde histórico de exportação de carne, chegando a mais de US$ 630 milhões, as vendas aos principais mercados como Rússia e Chile caíram em até 80%, deixando a indústria em uma situação difícil.

Consultado sobre se a crise dos EUA também afeta o prognóstico das exportações de carne, Pereira disse que o efeito na produção pecuária propriamente dita não será tão grave. “O que ocorre é que o ciclo de produção pecuária é de médio e longo prazo. Isso ocorre hoje – pela crise -, mas a médio e longo prazo deverá se recuperar porque o mundo precisa de proteínas e nós temos a habilidade de produção de proteínas, seja de carnes ou agrícola e à medida que cresce a população, há necessidade de mais alimentos”.

A reportagem é do ABC Color, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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