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Paraguai: suspensão de transporte de gado e exportação de carne

Como consequência do foco de Aftosa, foi ordenada uma quarentena que impede a mobilização do gado e também a suspensão das exportações de carne, disse o presidente interino do Senacsa, Carlos Enrique Simón Van Humbeeck.

O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai declarou um foco de febre aftosa que afeta o estabelecimento Santa Helena, localizado na zona de Sargento Loma, distrito de San Pedro del Ycuamandyyu. Como consequência disso, ordenou uma quarentena que impede a mobilização do gado e também ordenou a suspensão das exportações de carne, disse o presidente interino do Senacsa, Carlos Enrique Simón Van Humbeeck. O caso de aftosa foi comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) nesse domingo às 21 horas e quarenta minutos.

Simón disse que os veterinários do Senacsa tomaram amostras de sangue de 13 animais de um lote maior, que conta com um total de 110 cabeças. Todas as análises confirmaram a existência do vírus da aftosa. Ele disse que as amostras foram extraídas no sábado por causa de uma denúncia do proprietário do estabelecimento, que comunicou a existência de animais com sintomas.

O estabelecimento Santa Helena foi interditado, o que significa que não pode movimentar animais. Além disso, estabeleceu-se uma zona de quarentena, em que também funciona a restrição para entrada e saída de gado.

Simón disse que o Senacsa solicitou ao Ministério de Agricultura e Pecuária (MAG) a emissão de um decreto que declara a emergência sanitária na zona e a integração do Sistema Nacional de Emergência Sanitária Animal, que deve se encarregar de tomar as medidas para erradicar esse foco.

O Paraguai tem duas regiões sanitárias: a zona da fronteira, conhecida como zona 2, que tinha um regime de alta vigilância e o resto do país, a zona 1, que com esse episódio, perde o status de livre de aftosa. A zona fronteiriça deveria manter sua condição sanitária, disse ele.

O serviço sanitário comunicará a existência desse foco a todos os mercados que recebem carne paraguaia. O Senacsa suspense seus envios até que os países compradores reajam favoravelmente ou desfavoravelmente com relação a esse episódio.

O presidente da Associação Coordenadora Nacional de Saúde Animal (Aconasa), Manuel Cardozo, disse que, segundo estabelece o código da OIE, o comércio de carne estará restrito pelos próximos 80 dias. Uma vez finalizado esse período, será feito um informe sobre a situação para que as medidas afetem somente a zona prejudicada pela doença.

A reportagem é do site paraguaio ABC Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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