A suspeita de que haja um novo foco de febre aftosa em uma fazenda de Mundo Novo, município sul-matogrossense a 20 quilômetros de Guaíra, aumentou a preocupação de que a doença chegue ao Paraná. Nesse ponto, os dois estados são ligados pela ponte Ayrton Senna, sobre o Rio Paraná.
Ontem, a Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) de Mato Grosso do Sul, confirmou o envio de materiais de bovinos da Fazenda Gazzin, de Mundo Novo, para exames laboratoriais.
O vice-governador e secretário estadual de Agricultura, Orlando Pessuti, admitiu que a preocupação do governo paranaense aumenta com a suspeita. Por isso, ele determinou o reforço em pessoal e equipamentos nas quatro barreiras que a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) mantém na divisa: as pontes de Guaíra e Icaraíma e dois portos de balsas. Até agora, o Paraná confiava na “barreira natural” do Rio Paraná.
Ontem, o governo paranaense editou a resolução 089/05, que amplia a lista de produtos da região afetada pela febre aftosa que estão proibidos de entrar no Paraná. A zona-tampão é composta por cinco municípios – Eldorado, Itaquiraí, Iguatemi, Japorã e Mundo Novo. Estão proibidos de ingressar no Paraná produtos in natura de origem animal e vegetal desses municípios.
A resolução, no entanto, abranda as proibições de entrada no estado de produtos sul-matogrossenses fora da área de risco. Está liberado o ingresso de carne e miúdos de aves e carne desossada e miúdos de suínos in natura, desde que sejam oriundos de abatedouros fiscalizados pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF) e destinados a estabelecimentos com a mesma classificação. Também foram liberados produtos industrializados que receberam tratamento suficiente para eliminar o vírus da aftosa.
Foi mantida a proibição de animais vivos oriundos de qualquer parte do estado vizinho.
Fonte: Gazeta do Povo/PR , adaptado por Equipe BeefPoint