Com o embargo russo, há uma semana, o Paraná deixou de exportar cerca de US$ 920 mil em carne suína, além de US$ 162 mil em carne bovina, que juntas ultrapassam a marca de US$ 1 milhão, ou cerca de R$ 3,1 milhões.
Os dois embargos à carne brasileira, da Rússia e da Argentina, em menos de uma semana, já preocupam o setor de carnes do Paraná. Do total de carne suína exportada pelo Estado de janeiro a abril deste ano (17 mil toneladas), quase 54% foi para a Rússia. Em valores, significa que foram exportados cerca de US$ 14,7 milhões para os russos, do montante total de US$ 24,8 milhões.
Para o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Paraná (Sindicarnes-PR), Péricles Salazar, o impasse preocupa especialmente porque o que houve foi “um equívoco por parte das autoridades russas”. “Como a suspensão não faz sentido técnico, estamos tentando reverter essa situação. Nossa expectativa é chegar a um acordo ainda esta semana”, falou.
De janeiro a abril deste ano, o Paraná mandou para a Rússia cerca de 9,3 mil toneladas de carne suína e duas mil toneladas de carne bovina, que representaram, em valores, US$ 14,7 milhões e US$ 2,6 milhões, respectivamente. “A Rússia é, sem dúvida, um mercado importante para o Paraná, especialmente para a suinocultura”, destacou Salazar.
Segundo ele, o Estado é o terceiro maior exportador de carne suína, atrás apenas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com relação à carne bovina, foram exportadas 12,8 mil toneladas de janeiro a abril, que representaram cerca de US$ 30 milhões.
Quanto ao embargo argentino, Salazar afirmou que a decisão preocupa o setor especialmente porque se trata de mais um país embargando de forma equivocada. “A Argentina se aproveitou de erro técnico cometido pelos russos para justificar a suspensão da importação. Eles querem tirar proveito da situação”, afirmou Salazar. Assim como no caso da Rússia, a Argentina importa especialmente carne suína do Paraná.
Fonte: Paraná OnLine (Lyrian Saiki), adaptado por Equipe BeefPoint