A produção de carne no Paraná está passando por uma revolução, constatada durante reunião em Maringá que reuniu 30 participantes representando as sete alianças mercadológicas existentes no estado. Criadas a partir de 2001, as alianças têm o propósito de mudar a imagem da carne paranaense, colocando direto no mercado consumidor um produto de padrão e de qualidade.
Além disso, elas trabalham para que a população tenha acesso à carne macia e suculenta de bovinos precoces e superprecoces e com garantia de procedência, através do atestado de origem e de todos os procedimentos de criação ao abate, disponível na embalagem do produto.
A reunião, decisiva para a consolidação dos primeiros resultados do programa governamental de Pecuária Curta Duração, implementado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), empresa vinculada à Secretaria da Agricultura, aconteceu porque na pauta de encaminhamentos de soluções das alianças mercadológicas o fator que pesa atualmente é ainda a falta de reconhecimento da sociedade em consumir o produto qualificado e melhorar a remuneração desta carne diferencial.
Dentre as reivindicações dos pecuaristas integrados neste tipo de organização, que controla desde a criação e reprodução dos animais até a carne pronta para ir à mesa do consumidor, está a ampliação das oportunidades de colocação desta já denominada Carne Qualidade Paraná nos mercados nacional e internacional.
O atendimento dessas expectativas passa por uma nova reunião do setor em março de 2005, em Curitiba, quando estará presente o vice-governador e secretário Orlando Pessuti e a conseqüente realização da agenda de negócios, prevista para abril, na 45a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina.
Segundo o engenheiro agrônomo Antônio Coelho de Castro, participante da reunião e integrante da equipe de extensionistas do projeto da Emater, região de Maringá, as alianças mercadológicas estão se firmando como organizações de futuro, “inclusive seus dirigentes estão pensando em formar uma grande aliança para integrar as alianças singulares, ampliando a força reivindicatória e a atuação no mercado de carnes nobres”.
Castro lembrou que elas atuam com marcas próprias, distribuídas em Guarapuava, Paranavaí, Pato Branco, Cascavel, União da Vitória, Umuarama e Maringá, abatendo em média 280 animais por semana, embora tenham capacidade imediata de ampliar a oferta em mil cabeças, dependendo apenas da política de preços e marketing, influenciando a aceitação e a fidelização do consumidor.
Fonte: Agência Estadual de Notícias, adaptado por Equipe BeefPoint