No próximo mês, o Paraná completa oito anos sem o registro de febre aftosa. Para defender a continuidade desta conquista, governo e entidades rurais realizarão seis fóruns regionais para orientar os produtores sobre a primeira campanha de vacinação de 2003, que começa em maio. Os debates regionais “Paraná Sem Aftosa – Prioridade do Governo e Renda para o Produtor” serão feitos em Ponta Grossa, Francisco Beltrão, Toledo, Paranavaí, Londrina e Ivaiporã.
Os encontros são promovidos em parceria da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) com a Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), sindicatos rurais, e outras entidades agropecuárias que fazem parte do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Paraná (Fundepec) e do Conselho de Sanidade Agropecuária do Paraná (Conesa). Além da participação individual dos criadores, serão mobilizados no esforço de vacinação todos os prefeitos dos 399 municípios do estado e os presidentes dos 160 Conselhos Municipais de Sanidade Agropecuária.
A meta é que a vacinação chegue a 100% dos 9,7 milhões de bovinos e bubalinos do Paraná. No ano passado, na primeira fase de imunização, foram vacinados 98% do rebanho. O 1,2% restante recebeu a vacina mais tarde, em visitas da fiscalização às propriedades pelas equipes das unidades veterinárias da Seab.
Taxa
Neste ano não será mais cobrada a taxa do Fundo de Saúde Animal, de R$ 0,25, recolhida nas últimas quatro campanhas até atingir o valor de R$ 1,00 por animal cadastrado. Graças à contribuição dos criadores, existe um fundo com R$9,8 milhões que assegura a indenização dos pecuaristas, em caso de focos da doença que obriguem o sacrifício de animais. Os recursos, depositados em uma conta especial do Fundepec, só poderão ser usados exclusivamente para indenizar os criadores.
O Paraná tem mais de 200 mil criadores. Desde maio de 2000 o estado é reconhecido pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) como área livre da febre aftosa, com vacinação. Ainda não há previsão sobre quando a vacinação será suspensa. A decisão depende dos programas internacionais de erradicação que procuram garantir que o vírus não seja reintroduzido na área livre ou, que quando isso ocorra, haja a rápida eliminação do foco, a exemplo do que já ocorreu no Rio Grande do Sul.
Fonte: Gazeta do Povo/PR, adaptado por Equipe BeefPoint